Comentário

 

Ao ler ‘Que se danem’, que se expliquem, no Notisul, na coluna de Léo Rosa de Andrade, consegui neste momento fazer inferência com consagrado músico Gilberto Gil “No woman, no cry. Não, não chore mais”, manifesta a implicatura conversacional particularizada, na medida em que fala de um tempo histórico imprescindível à intelecção da música, a Ditadura Militar. A letra aborda a vigilância, as prisões e os desaparecimentos comuns na… época, mas também um certo otimismo: 
“Bem que eu me lembro / 
Da gente sentado ali / 
Na grama do aterro, sob o Sol / 
Ob-observando hipócritas / 
Disfarçados, rodando ao redor / 
Amigos presos / 
Amigos sumindo assim / 
Pra nunca mais / Tais recordações /
Retratos do mal em si /
Melhor é deixar pra trás / 
Não, não chore mais / 
Não, não chore mais /
Mas se Deus quiser / 
Tudo, tudo, tudo vai dar pé…” 
Ditadura Militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985, extinguiu partidos políticos, suspendeu direitos, estabeleceu eleições indiretas, exilou artistas, intelectuais e lideranças políticas, além de usar de violências para cassar a liberdade das pessoas que discordavam do militarismo. Torturas, desaparecimentos, explosões, sequestros, enforcamentos e medos são realidades vivenciadas nesse período de muita tristeza. 
Parabéns pela coluna, Léo Rosa, vejo que temos colunista realmente comprometido em mostrar a real situação do nosso país…