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A Praia Brava Norte de Itajaí (SC) vive um momento decisivo. Depois de anos de pressão urbana, adensamento acelerado e disputa por qualidade de vida, a região entrou oficialmente em um novo ciclo de reorganização estrutural, agora guiado por projetos públicos e ambientais que reposicionam a orla e o entorno como uma das zonas de maior potencial imobiliário do litoral catarinense.
A mudança não é subjetiva. Ela já está materializada em obras, propostas oficiais e intervenções ambientais em andamento. Segundo o Instituto Itajaí Sustentável (INIS), a Brava Norte passou, nos últimos anos, por uma recuperação ambiental profunda, incluindo restauração da restinga, remoção de espécies invasoras e reorganização das passarelas e cercas que protegem a faixa de preservação. Esse tipo de intervenção, ainda que silenciosa, é normalmente o primeiro sinal de um ciclo de valorização de médio prazo: infraestrutura ambiental puxa infraestrutura urbana.
Na sequência, vieram os projetos de revitalização propostos pela APROBRAVA e apresentados em 2024, trazendo a visão de uma nova orla: parques naturais, área de lazer integrada, preservação das dunas e um desenho urbano que reduz impacto ambiental e aumenta o uso qualificado da praia.
Para investidores, isso significa duas coisas: previsibilidade e escassez. Previsibilidade porque áreas com zoneamento ambiental claro tendem a manter padrão de ocupação. Escassez porque a Brava Norte é limitada fisicamente, entre mar, morro e APA, e regiões com limite natural de expansão tendem a valorizar acima da média.
O resultado dessa soma já aparece nos números. Segundo levantamento do FipeZap, a valorização acumulada da Praia Brava passou de 15% em alguns pontos estratégicos da região em 2024. Mas esse é apenas o início: valorização ambiental + infraestrutura viária + limite de expansão costuma resultar em ciclos de aceleração de preço mais longos.
É nesse contexto que a busca por imóveis na praia brava e, principalmente, por imóveis frente-mar se intensifica. O investidor percebe que a Brava Norte não está apenas “ficando bonita”. Ela está ficando mais rara, o que, no mercado imobiliário de luxo, realmente sustenta preço no longo prazo.
2026 será um ano de consolidação dessa virada.
