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Caminhoneiros autônomos do Sul de SC não reconhecem como legítima a greve de domingo

Lily Farias

“A greve acabou de fato”, disse o caminhoneiro de Sangão, Valdinei Valdir Pacheco, mais conhecido como João Grilo (30). Ele foi o representante de Santa Catarina que esteve na reunião com a agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, que definiu nesta quarta-feira (30) a tabela com os preços mínimos dos fretes. 

João disse que esse foi o assunto primordial para dar o ponto final na greve dos caminhoneiros que durou 10 dias e parou o país. 

João Grilo ficou dois dias na capital federal e foi recebido pelos diretores da ANTT, na quarta, junto com representantes de caminhoneiros de outros Estados como Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

“Após conseguir ser atendido em boa parte das reivindicações, esse ponto ficou pendente e por fim chegamos a um acordo. Infelizmente ainda não conseguimos atender aos anseios de todos os caminhoneiros, mas fizemos o que estava ao nosso alcance para tentar agradar a todos”, disse João.

João conseguiu ir para Brasília porque caminhonheiros de Tubarão e Jaguaruna juntaram dinheiro e pagaram a viagem até lá, onde conheceu o líder nacional dos caminhoneiros autonômos Wallace Landim, o “Chorão” (39), do partido Podemos.

“Tem muita gente dizendo que ele foi comprado, mas na verdade foi vencido pelo cansaço porque tentou negociar com o governo a diminuição do preço da gasolina, etanol e gás de cozinha. O Governo não quis atender ele porque esses assuntos não estavam na pauta dos caminhoneiros”, explica João. 

Quanto aos rumores de uma nova greve no domingo, João Grilo é enfático: “os caminhoneiros do Sul não reconhecem este movimento como legítimo”. Na quarta, Chorão convocou os caminhoneiros para um grande ato em Brasília.

O caminhoneiro de Sangão disse que até esta quinta (31) não havia grande movimentação de caminhões na capital federal, e em conversa com outros motoristas, todos dizem que não apoiam uma nova greve. 

“Mas não há como descartar uma nova paralisação, pode ser que até domingo tenha muita gente por lá, falaram em concentração em frente ao estádio Mané Garrincha. Mas nós aqui do Sul vamos continuar trabalhando. 

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