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Carnaval: Sem verba, desfiles podem ser cancelados

Resposta da prefeitura, hoje, sobre os recursos será decisiva para a realização ou não dos tradicionais desfiles.

Desfile de Laguna teve participação de cerca de 15 mil espectadores no ano passado. Sambódromo da cidade virou mais um elefante-branco - Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul
Desfile de Laguna teve participação de cerca de 15 mil espectadores no ano passado. Sambódromo da cidade virou mais um elefante-branco – Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul

Willian Reis
Laguna

Hoje, é um dia decisivo para o Carnaval da Cidade Juliana. A Liga Independente das Escolas de Samba de Laguna (Liesla) estipulou esta sexta-feira como prazo limite para que a prefeitura se posicione em relação aos recursos financeiros para os desfiles. Se a proposta da Liesla não for aceita, a apresentação das agremiações será cancelada.

Para a realização do evento, a Liesla exige R$ 60 mil para cada uma das cinco escolas (o mesmo valor do ano passado), mais R$ 50 mil a ser dividido em partes iguais entre todas, a fim de bancar custos com o pré-Carnaval, como são conhecidos os ensaios que ocorrem durante alguns dias no Centro, antes da apresentação final.

De acordo com o presidente da Liesla, João de Sousa Júnior, se a proposta for acatada, o pré-Carnaval já pode começar na próxima semana. Nesse caso, o desfile oficial, que não contará com disputa pelo título (novamente), deve ser realizado na terça-feira de Carnaval, dia 28 de fevereiro, também no Centro, nos mesmos moldes em que ocorreu no ano passado. Mas há uma condição: os recursos devem estar disponíveis às escolas até o próximo dia 31; do contrário, elas também não desfilarão, pois, segundo Sousa Júnior, o prazo para a preparação ficaria curto demais.

Ele também afirma que a proposta inicial apresentada pela prefeitura era de R$ 30 mil para cada agremiação, ou seja, metade do que foi disponibilizado em 2016 para que ocorressem apenas os ensaios, sem desfile oficial. “Este valor nós não vamos aceitar nunca. Pré-Carnaval sem desfile não tem. A gente é muito maltratada”, reclama o presidente.

Em comparação com 2013, por exemplo, quando houve o último desfile das escolas no Sambódromo Hindemburgo Moreira, inclusive com disputa pelo título, os recursos foram de R$ 150 mil para cada uma das cinco agremiações. Nos dois anos seguintes, os eventos tiveram de ser cancelados por falta de dinheiro. Sousa Júnior teme que, mais uma vez, a cidade passe o Carnaval sem os desfiles. “O pessoal das escolas está desanimado, chateado. Se não houver desfile, será o enterro das agremiações carnavalescas. É o meu medo”.

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