Correios acumulam dívidas e funcionários ficam sem plano de saúde

Déficit dos Correios, sob a presidência de Fabiano Silva dos Santos, ultrapassa R$ 3,2 bilhões no governo do presidente Lula. FOTO Agência Brasil Divulgação Notisul

Desde novembro de 2024, os funcionários dos Correios estão enfrentando um colapso no atendimento médico por conta da suspensão dos serviços da Postal Saúde. A estatal deixou de repassar valores à operadora do plano, o que gerou uma dívida que já ultrapassa R$ 600 milhões. Com isso, grandes grupos hospitalares como Rede D’Or, Unimed e Dasa suspenderam o atendimento aos mais de 200 mil beneficiários da Postal Saúde em todo o Brasil.

FOTO Reprodução Mídias Sociais Notisul

Grandes hospitais deixam de atender plano por falta de pagamento

A crise na Postal Saúde, criada em 2013 para atender trabalhadores dos Correios e seus dependentes, se agravou com a suspensão dos atendimentos por grandes grupos da saúde. Veja os principais prestadores que já interromperam serviços:

  • Rede D’Or
  • Unimed
  • Dasa
  • Kora
  • Beneficência Portuguesa (BP)

Essas instituições decidiram suspender consultas, exames e internações por falta de pagamento dos Correios à Postal Saúde, afetando diretamente os beneficiários que continuam pagando suas parcelas em folha de pagamento.

Presidente da Estatal, Fabiano Silva FOTO Agência Brasil Divulgação Notisul

Funcionários pagam, mas ficam sem atendimento

Mesmo com os descontos mensais em folha, os beneficiários estão sendo impedidos de utilizar o plano de saúde. Shirlene Souza, representante sindical na Bahia, denuncia a injustiça da situação:

“Pagamos todo mês e, quando precisamos de atendimento, nos dizem que está suspenso por falta de pagamento? Nossa saúde está em risco!”

Ela alerta ainda que, caso não haja solução rápida, a categoria pode entrar em greve em todo o país.

Déficit bilionário dos Correios agrava a situação

A crise da Postal Saúde reflete os problemas financeiros enfrentados pelos Correios, que terminaram 2024 com um déficit de R$ 3,2 bilhões. Apesar da gravidade, o governo federal retirou a estatal da lista de empresas que poderiam ser privatizadas. A dívida da Postal Saúde, que normalmente recebe R$ 170 milhões por mês da estatal, já passa de R$ 600 milhões.

Risco de intervenção da ANS aumenta a tensão

A diretoria da Postal Saúde teme que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) intervenha na operadora. A legislação obriga que os prestadores de serviços informem à agência sempre que interrompem contratos por inadimplência, o que pode comprometer ainda mais a operação do plano.

Redação Notisul com informações da Revista Oeste

 

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