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Eleições 2018: Pré-candidato do PT ao governo de SC ministra palestra em Tubarão

Jailson Vieira
Tubarão

O ex-desembargador Lédio Rosa de Andrade e agora pré-candidato ao governo do Estado pelo PT, proferiu, na noite desta sexta-feira, na sede da Amurel, a palestra ‘A crise das instituições no Brasil’. Antes, porém, ele concedeu entrevista ao Jornal Notisul, destacou sua carreira de 35 anos como magistrado, falou sobre a política nacional e também a sua experiência como docente no curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).

Lédio conta que ‘A crise das instituições no Brasil’ envolve um parlamento nacional acuado e que está envolvido em questões éticas delicadas, um presidente que chegou ao poder Executivo de forma ilegítima, além disso, um Judiciário hipertrofiado. “Há dois anos, um juiz federal atuou de maneira imprópria e abusou de sua autoridade ao vazar o áudio de uma autoridade, a presidente da República e nada foi feito. Ele deveria ter sido afastado do caso, não foi imparcial. E temos um Supremo Tribunal Federal que não é coeso e não nos dá, muitas vezes, uma segurança jurídica”, assegura.

Ele afirma que por algumas vezes, quando atuava em Tubarão, declarou-se suspeito e por isso ‘declinou’ de alguns processos. “Um juiz não pode agir como policial e como membro do Ministério Público. Um magistrado não pode realizar um trabalho de forma emocional e por isso me declarava suspeito, quando isso ocorria, mas foram raras as vezes”, recorda.

Lédio lembra que no ano passado e por algumas ‘injustiças’ da ‘justiça’, o seu colega na Ufsc, o professor de Direito e na época reitor da Universidade Federal, Luiz Carlos Cancellier, o Cau, foi preso sem ser réu. “Ele foi algemado e preso, mesmo com uma súmula do STF afirmando que na sua condição isso não poderia ocorrer. São erros assim que fazem com que, por muitas vezes, a justiça seja desacreditada. Ele morreu (suicídio) e o que ocorreu com aqueles que cometerem as arbitrariedades? Foram promovidos”, lamenta.

De acordo com o ex-desembargador, muitas mudanças são necessárias para o Estado e o país evoluir, e ‘a hora é agora’. “Não podemos deixar o fascismo chegar ao poder. Essa onda de Bolsonaro, por exemplo, muito me preocupa. As práticas levantadas por ele são absurdas e não se podem ser levadas adiante. Será que não aprendemos o suficiente com a Segunda Guerra Mundial. Muitos de nós não vivemos ela, mas estudamos e precisamos estar atentos para não cometer os mesmos deslizes. Vejo uma deterioração institucional brasileira”, conclui.

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