Wagner da Silva
Braço do Norte
As equipes técnicas, tanto da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), quanto do Fórum de Desenvolvimento dos Pequenos Municípios da Encostas da Serra Geral, terão espaço para manifestarem as suas respectivas ponderações a respeito da exploração de uma mina de fosfato em Anitápolis. A presença de ambos está confirmada.
Representantes da Fatma, Ministério Público, assim como prefeitos, vereadores e entidades de vários municípios também participarão do encontro, na sexta-feira da próxima semana, em Braço do Norte. “Não dá para ser simplesmente contra a atividade da IFC. As pessoas devem conhecer o projeto, os possíveis riscos. Criticar por criticar não é democrático”, enfatiza o presidente da comissão do meio ambiente na assembleia legislativa, deputado Décio Góes (PT).
Cada equipe terá 30 minutos para defender os seus argumentos. Além disso, uma hora será dedicada para debates e manifestações populares. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Braço do Norte, Gemerson Della Giustina, um dos representantes do movimento contrário à instalação da IFC, afirma que os riscos podem colocar em xeque futuros investimentos na região e prejudicar desde o turismo rural até os balneários como Laguna. “Não estamos somente preocupados com uma questão, mas com todos os possíveis riscos sociais e ambientais que este empreendimento poderá representar para toda Amurel”, avalia.
Empresa defende
o empreendimento
O projeto apresentado pelo engenheiro sanitarista e ambiental Adriano Pina Pereira, responsável pelo setor de meio ambiente neste projeto da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), reitera que a empresa efetivou o processo de implantação em 2005 e possui mais de 20 mil horas de trabalho de pesquisa para a formulação do Estudo e Relatório de Impactos Ambientais (EIA/Rima).
Nesta documentação, a empresa apresenta o conteúdo dos estudos de impactos ambientais, viabilidade do empreendimento, riscos, programas e medidas para minimizar qualquer impacto negativo. O material também inclui os questionamentos do Ministério Público Federal e Fatma, entre outros dados técnicos, para obtenção da Licença Ambiental Prévia (LAP).
Uma das maiores preocupações das entidades contrárias à instalação da IFC é voltada aos riscos de rompimento da barragem. O consultor técnico e responsável pelo monitoramento da barragem, o geólogo da IFC Paulo Abrão, explica que as melhores práticas de engenharia serão utilizadas na obra. Além disso, ele assegura que a estrutura não concentrará resíduos tóxicos e não haverá envio de materiais aos rios da região.
