
Zahyra Mattar
Laguna
O patrimônio cultural, seja ele tangível ou não, é a herança da humanidade para ela mesma. O que vivemos hoje será aquilo que ensinaremos, deixaremos, repassaremos às gerações que estão por vir!
A preservação destas preciosidades que compõem ecossistemas, que contam a história do nosso país, nossos estados, cidades, é uma tarefa – muitas vezes incompreendida – do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Verdadeiros guardiões do tempo integram a linha de frente da autarquia federal, vinculada ao Ministério da Cultura. Em Santa Catarina, 66 pessoas dedicam-se a preservar as preciosidades espalhadas nos quatro cantos do estado e a esfacelar a sina de que preservação patrimonial emperra o desenvolvimento.
“Preservar nossa história e saberes não impede o desenvolvimento, ao contrário, qualifica-o. O papel do Iphan está imbricado na valorização, preservação e proteção de todo o patrimônio cultural brasileiro”, valoriza a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Liliane Janine Nizzola.
Arquiteta e urbanista por formação, Liliane considera essencial a reflexão sobre o futuro que queremos para nossas cidades e pensar a longo prazo, sem imediatismos, para que seja possível perceber os benefícios que existem na preservação de alguns imóveis.
“Preservar bens tombados também é uma forma de preservar a cidade do crescimento sem planejamento e sem freios”, corrige Liliane. Além disso, é necessário esclarecer que um bem tombado é passível de adaptações e adequações ao seu uso atual.
Construções em seu entorno também são viáveis. Obviamente, com a devida orientação feita pela entidade de preservação para que as intervenções não tragam prejuízo à essência do bem.