O Brasil contabiliza 36 casos confirmados de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, segundo o Ministério da Saúde. O número representa quatro novos registros em relação à última atualização, feita na segunda-feira (13).
O total de mortes confirmadas subiu para sete, sendo cinco em São Paulo e duas em Pernambuco. Outros 156 casos estão em investigação e 11 óbitos seguem em análise.
Monitoramento nacional e alerta sanitário
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (15) pelo diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Edenilo Baltazar Barreira Filho, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.
O Ministério da Saúde mantém monitoramento contínuo da crise por meio da Sala Nacional de Situação, que coordena ações de vigilância e atendimento hospitalar nos estados.
“Pela curva epidêmica, percebemos uma desaceleração no número de notificações, mas isso não nos faz baixar a guarda”, afirmou Barreira Filho.
“Estamos cada vez mais atentos a isso e seguimos monitorando de perto.”
Bebidas adulteradas sob investigação
Os casos confirmados estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica e proibida para uso em produtos destinados à ingestão.
O metanol pode causar cegueira, insuficiência renal, convulsões e morte mesmo em pequenas quantidades.
Equipes estaduais de vigilância sanitária e a Polícia Civil continuam as investigações para identificar fabricantes e distribuidores irregulares. Em São Paulo, o governo estadual mantém gabinete de crise ativo para coordenar as ações de enfrentamento.