O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (17) que o Papa Francisco, de 88 anos, está com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias. O quadro clínico do pontífice é considerado complexo, e ele permanece internado no hospital Gemelli, em Roma, sem previsão de alta. Segundo o comunicado oficial, os exames recentes indicaram a necessidade de alteração no tratamento, pois a infecção envolve múltiplos agentes infecciosos e pode ser mais grave em idosos.
Quadro clínico preocupa médicos e especialistas
Desde sexta-feira (14), o papa está internado devido ao agravamento da infecção respiratória. Inicialmente diagnosticado com bronquite viral, seu quadro evoluiu para uma infecção bacteriana nos brônquios, o que exige acompanhamento intensivo. De acordo com especialistas, infecções respiratórias são uma das principais causas de morte entre idosos, tornando a situação do pontífice ainda mais delicada.
Histórico de problemas respiratórios agrava situação
A saúde pulmonar do Papa Francisco já era uma preocupação, pois ele tem um histórico de infecções respiratórias. Em março de 2023, foi diagnosticado com bronquite infecciosa e precisou ser hospitalizado. No fim do ano, em novembro, apresentou uma inflamação pulmonar que exigiu tratamento com antibióticos. Já em fevereiro de 2024, precisou cancelar compromissos após enfrentar dificuldades respiratórias causadas por uma gripe. Além desses episódios recentes, o papa vive sem a parte superior do pulmão direito desde os 21 anos, quando teve uma pneumonia grave e precisou passar por uma cirurgia. Essa condição reduz sua capacidade respiratória e o torna mais vulnerável a novas infecções.
Prevenção e cuidados para evitar agravamentos
Médicos pneumologistas explicam que infecções polimicrobianas são comuns em idosos e podem se agravar rapidamente. Quando uma infecção viral, como a bronquite, compromete o sistema respiratório, a imunidade diminui e abre espaço para infecções bacterianas secundárias. Apesar de não ser uma pneumonia, essa condição pode ser igualmente perigosa. Para prevenir casos semelhantes, especialistas recomendam que pessoas idosas mantenham as vacinas contra influenza, pneumonia e VSR atualizadas, além de adotarem hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e atividade física regular.
A equipe médica do Vaticano segue monitorando a evolução do quadro do papa, sem previsão para sua alta hospitalar.