Mirna Graciela
Laguna
O inquérito sobre o policial militar ambiental de 40 anos suspeito de abusar sexualmente de próprio filho, de 7 anos, foi entregue quarta-feira, no fórum de Laguna. O delegado José David Machado, responsável pelo caso, solicitou a prisão preventiva do acusado.
Para o delegado, não há dúvidas da acusação ser verdadeira. “Pedi a prisão principalmente pela ameaça contra o menor e sua mãe, uma vez que ele confessou o crime para as conselheiras tutelares e para a ex-mulher”, conta David. Cerca de 12 depoimentos foram tomados antes de finalizar as investigações, entre profissionais, parentes e conhecidos da vítima.
“Eles mandam para o Ministério Público se manifestar. Acredito que será rápido pela gravidade. Se decretarem a prisão, acredito que ele vá para o mesmo lugar do outro policial, no 4º Batalhão da Polícia Militar de Florianópolis”, prevê o delegado. Na corporação, existem celas para policiais que cometem delitos. Os pais são separados há quatro anos.
Após passar uma tarde com o garoto, há cerca de 15 dias, o menino voltou com dores no corpo. A criança foi levada para exame de corpo delito, por recomendação de uma médica que já tinha o examinado. E o resultado apontou fissura anal com dilatação de esfíncter, o que comprova a penetração.
O menino estava muito retraído, o que leva a crer que a agressão tenha ocorrido outras vezes. Ele terá um acompanhamento psicológico. “Muitos destes casos chegaram em minhas mãos nestes anos de trabalho, em cidades diferentes. Essas pessoas são psicopatas, aparentam ser normais, mas possuem um desvio”, conclui o delegado.
Outro policial está preso
No mesmo período em que veio a público o caso do policial militar ambiental de 40 anos, de Laguna, suspeito de abusar sexualmente seu próprio filho, de 7, outro crime já era investigado. Trata-se de um colega da mesma corporação, um homem de 45 anos, que cometeu atos libidinosos em cinco crianças, entre 6 e 7 anos. Ele foi preso e está no 4º Batalhão da Polícia Militar de Florianópolis, onde há celas para policiais. Neste caso, não houve conjunção carnal. As crianças eram induzidas a beijá-lo, mostrar as partes íntimas, serem tocadas e fazerem sexo oral.