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Putin desiste de vir ao Brics no Rio por risco de ser preso

A cúpula do Brics, que acontece na próxima semana no Rio de Janeiro, não contará com a presença física de Vladimir Putin. O presidente da Rússia anunciou, por meio do Kremlin, que participará do evento por videoconferência. Segundo o governo russo, a decisão foi tomada devido à falta de clareza do Brasil quanto à possibilidade de cumprir o mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Em 2023, o TPI responsabilizou Putin por crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia. Como o Brasil é signatário do tribunal, existe a obrigação legal de cumprir o mandado caso o líder russo entre no país — embora, na prática, isso dependa da decisão do governo.


Rússia cobra posicionamento mais firme do Brasil

Yuri Ushakov, assessor de política externa do Kremlin, afirmou que o Brasil não deixou claro se prenderia ou não Putin caso ele viesse ao território nacional. “O governo brasileiro não conseguiu se posicionar de forma clara, o que inviabilizou a participação do nosso presidente de forma presencial”, disse o representante russo.

Para evitar qualquer risco diplomático, o Kremlin optou por manter a representação presencial apenas com o chanceler russo, Sergei Lavrov, que virá ao Brasil para a cúpula.


Participação por vídeo já havia ocorrido em 2023

Essa não é a primeira vez que Putin evita viagens internacionais desde a emissão do mandado. Em 2023, ele também cancelou sua ida à África do Sul, anfitriã de outro encontro do Brics. No entanto, ele já esteve presencialmente em países como a Mongólia, também signatária do TPI, mas que garantiu previamente que não efetuaria a prisão.

Esse tipo de articulação tem sido decisiva para a agenda internacional do presidente russo, que busca evitar constrangimentos e confrontos diplomáticos.


Xi Jinping também pode faltar presencialmente

A ausência de Putin pode não ser a única entre os líderes do Brics. Segundo veículos de imprensa chineses, o presidente Xi Jinping também não deve comparecer de forma presencial, o que enfraquece politicamente o peso da cúpula no Rio de Janeiro.

Apesar disso, os líderes devem seguir participando remotamente, mantendo o diálogo estratégico entre os países do bloco — que também conta com o Brasil, a Índia e a África do Sul.

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