Karen Novochadlo
Tubarão
A indústria alavancou o número de empregos gerados em Tubarão no último mês. Foi o responsável pelos índices positivos do município, seguido pela construção civil. Nos setores de serviços e comércio, o saldo foi negativo. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
No total, foram 1.788 admissões, contra 1.747 demissões. Quarenta e uma vagas foram geradas. “Em comparação com a média estadual (0,41), a tubaronense (0,11) foi menor, mas, enquanto estiver positivo, continuará bom”, ressalta o secretário de desenvolvimento econômico da prefeitura, Celso Meneghel.
Na indústria, foram gerados 113 empregos. Na construção civil, foram 24. Este ramo é um dos focos do trabalho da secretaria para este ano. A equipe da pasta já fez um pedido ao governo federal para a realização de cursos para pedreiros e carpinteiros, dentro do Plano Setorial de Qualificação (Planseq).
No município, falta mão-de-obra. Os serventes Edvandro Santos Oliveira, 22 anos, e Antônio Silva dos Santos, 22, vieram da Bahia para trabalhar com empreiteiras há quase quatro meses. “Surgiu a oportunidade e eu queria conhecer outras cidades”, revela Edvandro.
Quanto a serviços e comércio, a expectativa é de que aumentem as estatísticas com a realização da Feira da Indústria, Comércio e Serviços (Feincos) na próxima semana. Em todo o Brasil, o comércio foi o que mais contratou.
Mais de 300 vagas em Imbituba até o fim do ano
Em Imbituba, foram geradas 41 vagas no mês passado. Os setores que mais destacaram-se foram a construção civil (23) e administração pública (21). Os serviços tiveram um desempenho negativo. A expectativa do secretário de desenvolvimento econômico e turístico da prefeitura, Antônio Clésio Costa, é de que até o fim do ano sejam geradas mais de 300 vagas. No condomínio industrial, três empresas preparam o terreno para se instalarem. Nos próximos 60 dias, começam as atividades da empresa Votorantim. As contratações já começaram.
Piso salarial estadual poderá não ser aplicado em categorias
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal afetará algumas classes trabalhistas em Santa Catarina. Ontem, o órgão publicou o acórdão do julgamento da ação da Confederação Nacional do Comércio e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O piso mínimo regional catarinense não se aplicará a trabalhadores que negociam salários com os empregadores por meio de sindicatos ou federações.
A presidenta do Sindicato dos Comerciários de Tubarão, Elizandra Rodrigues Anselmo, afirmou que ainda desconhece a decisão. Mas ressalta que, onde o piso salarial estadual é maior do que o acordo entre sindicatos, os tribunais trabalhistas têm obrigado a pagar o valor mais alto.
De acordo com a secretária executiva do Sindilojas, Natalia Cordini Pavanello Massih, nada deve mudar na região. “Com essa decisão, que já havia saído em março, o governo não poderá mais intervir em negociações salariais que ocorrem entre sindicatos”, ressalta. O Sindilojas recomenda o pagamento do piso salarial estadual de R$ 695,00 a lojas que querem antecipar o aumento. Mas o salário tubaronense só será decidido após o julgamento do dissídio coletivo em Florianópolis.
Em Laguna
Na Cidade de Anita, foram geradas 12 vagas de emprego no último mês. O índice do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi puxado para cima pelos setores de agropecuária, indústria e construção civil.