Durante missão oficial em Washington (EUA), o governo de Santa Catarina apresentou ao Banco Mundial uma série de propostas que somam mais de US$ 500 milhões em possíveis financiamentos. A comitiva catarinense participou de reuniões técnicas com foco em infraestrutura e mobilidade urbana, resiliência climática e agricultura. Os projetos ainda dependem de aprovação da instituição internacional, mas a sinalização recebida até agora tem sido considerada positiva.
As reuniões aconteceram nesta semana na sede do Banco Mundial, com a presença do governador Jorginho Mello e secretários estaduais. Nesta sexta-feira (16), a agenda internacional continua com um encontro entre o governador e a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti.
Projetos rodoviários e de mobilidade lideram a lista de investimentos
Entre os projetos em destaque, está o programa Estrada Boa, que prevê um financiamento de US$ 300 milhões, com contrapartida de US$ 75 milhões do Estado. Os recursos serão usados para a conservação de rodovias estaduais.
Outro destaque foi o PROMOBIS (Programa de Mobilidade Integrada Sustentável da Foz do Itajaí), que visa modernizar o transporte público na região da AMFRI com ônibus elétricos, obras viárias e um túnel subaquático entre Itajaí e Navegantes. Esse projeto soma US$ 342 milhões e será operado via CIM-AMFRI, consórcio intermunicipal pioneiro em conseguir aprovação de crédito externo pelo banco.
Captação maior para obras de prevenção a desastres
No setor de resiliência climática, o governo catarinense propôs o projeto Santa Catarina Resiliente e Protegida, que inicialmente previa a captação de US$ 149 milhões, mas recebeu sinal verde para ser ampliado para até US$ 200 milhões. A proposta inclui obras e estudos voltados à gestão de riscos, com foco especial na prevenção de inundações no Vale do Itajaí.
Investimento em agricultura familiar e permanência dos jovens no campo
Já na área da agricultura, o projeto SC Rural 2 busca garantir US$ 120 milhões em recursos internacionais, com contrapartida de US$ 30 milhões do Estado. A proposta visa melhorar a renda dos produtores, aumentar a competitividade e adaptar o campo às mudanças climáticas. Metade do valor será destinado diretamente aos agricultores, sem exigência de reembolso, para melhorias nas propriedades.
De acordo com os representantes do governo, o projeto também busca incentivar os jovens a permanecerem nas propriedades rurais, fortalecendo a economia local.