O Irã lançou mísseis contra uma base militar dos Estados Unidos localizada no Catar hoje (23), provocando explosões em Doha e elevando ainda mais a tensão no Oriente Médio. O ataque ocorreu um dia depois de os EUA realizarem bombardeios contra três instalações nucleares iranianas, entre elas a central de Fordow. A retaliação iraniana marca um novo capítulo no confronto crescente que envolve também Israel e preocupa a comunidade internacional.
A ofensiva dos Estados Unidos no sábado (21) atingiu alvos estratégicos ligados ao programa nuclear iraniano. De acordo com imagens de satélite e fontes militares, os ataques teriam usado bombas de precisão guiadas por GPS, mirando estruturas subterrâneas essenciais do Irã. Após os bombardeios, o ex-presidente Donald Trump classificou a ação como “bem-sucedida”. No entanto, o impacto do ataque foi muito além do território iraniano, provocando reação imediata de Teerã.
Hoje, mísseis foram lançados contra alvos no Catar e no Iraque. Em Doha, capital catariana, moradores registraram explosões e avistaram mísseis no céu. Imagens circularam rapidamente nas redes sociais. A base militar norte-americana atingida no Catar é uma das mais estratégicas da região, e até o momento não há confirmação oficial sobre feridos ou danos materiais.
Em pronunciamento no domingo (22), o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o “inimigo cometeu um grande erro” e que “deve ser punido”, embora não tenha mencionado diretamente os Estados Unidos. A declaração sinalizou que a ofensiva iraniana faz parte de uma retaliação planejada e que novas ações podem ocorrer.
Desde o dia 13, Israel e Irã vêm trocando ataques diretos, com ofensivas militares e bombardeios. A entrada dos EUA no conflito, com o ataque às instalações nucleares, ampliou a gravidade da situação. A Rússia se posicionou contra a ação americana, acusando os EUA de iniciar uma nova escalada no conflito regional. Enquanto isso, o risco de um confronto mais amplo preocupa líderes internacionais e coloca em alerta máximo as forças militares na região.