Jaguaruna
Até a próxima semana, deve ocorrer uma reunião entre os representantes da regional Sul da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) com as companhias aéreas Azul e TAM para tentar ampliar o número de voos no Aeroporto Regional Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna.
A decisão de voltar a procurar as duas empresas aéreas foi tomada na última terça-feira, em Jaguaruna, durante reunião dos membros da Facisc com a diretoria da RDL Aeroportos, que administra o aeroporto. Caso a negociação não avance ou as propostas apresentadas não estejam de acordo com o que pretendem os empresários, eles já planejam outro caminho. A saída será, então, uma negociação com a Gol e Avianca.
Com o anúncio da suspensão dos voos da Azul Linhas Aéreas que partem pela manhã de Jaguaruna com destino a Campinas, no Estado de São Paulo, e retornam no fim do dia, a preocupação dos empresários aumenta, já que são os voos mais utilizados, mesmo que o desembarque não ocorra na capital paulista – destino final dos empresários. Para se deslocar do aeroporto de Viracopos, em Capinas, até a capital, os usuários usam os ônibus fornecidos pelas companhias aéreas.
Sem esta opção de voo, os empresários da região, por enquanto, têm de se deslocar aos aeroportos de Florianópolis ou Porto Alegre, o que não deixa de ser um transtorno a mais.
Os representantes das associações questionam o motivo da retirada do voo, já que houve aumento considerável de 73 mil passageiros em 2016 para 134 mil neste ano. “Queremos colher insumos e debater estratégias para trazer novamente a opção de voo de ida e volta no mesmo dia, seja com a Azul ou com outra companhia que queira operar aqui”, afirma o presidente da Associação Empresarial do Vale do Braço do Norte (Acivale), Roberto Michels, que participou do encontro.
Amrec apoia demanda da região por mais voos
Michels afirma que a cobrança por mais voos é uma demanda que conta com o apoio também da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). “Calculamos um milhão de pessoas no Sul, e Criciúma também tem um potencial enorme. Então este é um apelo de toda a região”, diz. Segundo ele, são cerca de dez mil embarques e desembarques por mês. “É muito pouco frente a esse universo de pessoas aqui da região”, aponta.
Durante a reunião foram apresentados os números das operações no aeroporto. A conclusão do grupo foi de que o Sul tem um potencial que ainda precisa ser mais explorado.