Início Geral artista de rua: Profissional alega que foi impedida de trabalhar

artista de rua: Profissional alega que foi impedida de trabalhar

Tubarão

Uma artista de rua de Tubarão denuncia que foi impedida de realizar o seu trabalho nesta terça-feira (6), no semáforos da cidade. Sarah Fidéles Carvalho, de 20 anos, destaca que a sua função e de seu esposo, Davi Siqueira, 22, que também é malabarista, é a única que garante o sustento da família. Eles são pais de Elora, de 9 meses.

Conforme Sarah, os dois se dividem nos trabalhos e nos cuidados com a menina. “Quando o Davi está em casa, venho para o Centro trabalhar e, assim, revezamos durante o dia. Não podemos levar a nossa filha conosco. Infelizmente, fui abordada por policiais que não deixaram realizar o meu trabalho. Falaram que ali no semáforo não podia, eles nem perguntaram se possuía a credencial, apenas disseram para sair dali”, lamenta.

De acordo com Davi, o casal trabalha há pouco mais de um ano nos semáforos de Tubarão e a realidade da arte de rua na cidade não tem sido fácil. “Nós, credenciados, obedecemos as leis e somos favoráveis a elas. Podemos trabalhar. Não pedimos dinheiro. Já aqueles que nem credenciados são acabam circulando pelos semáforos e pedem uma colaboração em dinheiro”, acusa.

A equipe do Notisul, buscou contato com a Polícia Militar (PM) e segundo o tenente Elton Garcia, a PM atua em parceria com o município por meio da prefeitura. “O trabalho realizado foi por meio de orientação. E o profissional deve estar munido da credencial”, destaca. Segundo um funcionário da Secretaria de Urbanismo da prefeitura, há restrições na Lei 4727, de julho do ano passado. “A interrupção é subjetiva e é necessário se respeitar o que está na Lei”.

No último fim de semana, Davi foi alvo de um assalto, no Centro. Ele conta que o montante levado pelo ladrão serviria para pagar o aluguel. No ano passado, nesta mesma época, o casal não tinha nada de enxoval para o bebê. O Notisul iniciou uma campanha para arrecadar roupas, fraldas e outros materiais para ajudar Elora. Com a iniciativa, foi alcançado diversos produtos. Agora, o jornal volta a fazer uma campanha para que o casal consiga pagar o aluguel da residência.

Além dos trabalhos nos semáforos, eles sonham em fazer um curso de arte circense para animar festas infantis e casamentos. “Queremos ampliar o nosso leque e pagar tudo com o nosso trabalho. Acreditamos que chegaremos lá. É um sonho, mas temos certeza que será realidade”, finaliza Davi.
Para quem gostaria de ajudar a família com qualquer quantia, pode depositar na agência 0421, conta 35159250.0-1, Banrisul. Nome do favorecido: Rebeca Lima.

Sair da versão mobile