O Brasil atingiu em julho, pela primeira vez, a produção de mais de 5 milhões de barris diários de petróleo e gás natural. O recorde de 5,160 milhões foi divulgado nesta segunda-feira (1º) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Do total, 3,959 milhões correspondem à produção de petróleo e 190,89 milhões de metros cúbicos a gás natural. O resultado representa alta de 5,4% e 5,1% em relação a junho, respectivamente, além de crescimento de mais de 20% em comparação com julho de 2024.
Força do pré-sal
A produção dos campos do pré-sal foi determinante para o recorde. Em julho, a região respondeu por 79,1% do total, com 4,077 milhões de barris diários. O óleo e gás foram extraídos de 169 poços, sendo o campo de Tupi, na Bacia de Santos, o mais produtivo, com quase 800 mil barris de petróleo por dia.
Entre as plataformas, o destaque foi o FPSO Guanabara, na jazida de Mero, também na Bacia de Santos, responsável por 184,3 mil barris diários.
Petrobras domina cenário
Segundo a ANP, a Petrobras, sozinha ou em consórcio, responde por 89,78% da produção total do país. O estado do Rio de Janeiro concentra 88% do petróleo nacional e 77% do gás natural.
De todo o petróleo produzido em julho, 97,7% vêm de campos marítimos. No caso do gás natural, a participação offshore foi de 86,1%.
Brasil entre os maiores produtores do mundo
Com o novo recorde, o Brasil reforça sua posição de 8º maior produtor de petróleo do mundo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Canadá e Irã lideram a produção global, somando metade do volume mundial.
Aproveitamento do gás
Outro dado relevante é o aproveitamento de 97,1% do gás natural extraído. Apenas 3% foram queimados, enquanto 54% foram reinjetados nos poços, 33% destinados ao mercado e 10% usados como energia nas próprias plataformas.