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Brasileira que diz ser astronauta não tem vínculo com a Nasa

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul
Laysa Peixoto, falsa astronauta, Titans SpaceA mineira Laysa Peixoto, de 22 anos, viralizou na última semana após afirmar nas redes sociais que é astronauta e que participará de uma missão ao espaço em 2029. Natural de Contagem (MG), ela declarou ser da “turma de astronautas de 2025” e que foi selecionada pela empresa Titans Space. No entanto, a Nasa, a UFMG e a Universidade Columbia negam qualquer vínculo com a jovem, e a empresa mencionada não possui licença para realizar voos espaciais.

Jovem divulgou informação não confirmada por nenhuma instituição oficial

O g1 apurou que diversas afirmações feitas por Laysa são falsas ou inconsistentes. Ela diz ter feito treinamento de astronauta pela Nasa, estudar na UFMG e cursar mestrado na Columbia University, mas:

  • A Nasa afirmou que Laysa não faz parte do grupo de astronautas em formação e nunca participou de treinamentos oficiais.

  • A UFMG informou que ela foi desligada do curso de física após não se matricular no segundo semestre de 2023.

  • A Universidade Columbia, de Nova York, não encontrou registros do nome dela em seus cursos.

Empresa citada não tem licença para voos espaciais

A Titans Space, empresa que Laysa diz representar, afirmou que ela foi selecionada para uma missão espacial, mas não especificou se como astronauta ou turista. Além disso, o nome da jovem não aparece entre os membros da equipe técnica no site da empresa.

Segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), a Titans Space não tem autorização para operar voos espaciais tripulados. As passagens para os chamados “turistas espaciais” são oferecidas a partir de US$ 1 milhão.

Postagens nas redes sociais confundem seguidores

Em 2022, Laysa publicou uma foto com capacete supostamente da Nasa, mas a imagem no Instagram aparece sem o logotipo da agência — o que indica edição. A Nasa confirmou que ela não integra nenhum programa oficial da agência.

O físico e professor Guilherme da Silva Lima, da UFMG, explicou que ser astronauta exige anos de formação acadêmica, experiência profissional, testes físicos e psicológicos rigorosos, e que nenhuma dessas etapas foi comprovada no caso da jovem.

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