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Chacina em Joinville: cinco dos acusados são condenados por sete homicídios e sequestro

FOTO Reprodução Notisul

Cinco pessoas foram condenadas a longas penas de prisão por envolvimento em uma das maiores chacinas já registradas em Joinville, a cidade mais populosa de Santa Catarina. Os crimes ocorreram em janeiro de 2023 e envolveram o sequestro, cárcere privado, tortura e assassinato de sete pessoas. A sentença foi proferida após dois dias de julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Joinville, entre os dias 16 e 17 de julho de 2025. Os réus também foram condenados por organização criminosa e por outras três tentativas de homicídio.

Condenações ultrapassam 98 anos de prisão para principais envolvidos

Os cinco acusados em julgamento foram considerados culpados por uma série de crimes, incluindo sete homicídios triplamente qualificados e três tentativas de homicídio duplamente qualificadas. Também foram responsabilizados por sequestro, cárcere privado, participação em organização criminosa e danos qualificados a veículos utilizados no crime.

As penas aplicadas são:

  • 98 anos, 10 meses e 3 dias de prisão, além de 88 dias-multa (R$ 3.872);
  • 97 anos, 1 mês e 18 dias de prisão, além de 84 dias-multa (R$ 3.696);
  • 84 anos, 10 meses e 24 dias de prisão e 53 dias-multa (R$ 2.332);
  • 21 anos, 4 meses e 3 dias de prisão e 61 dias-multa (R$ 2.684);
  • 16 anos, 5 meses e 15 dias de prisão e 53 dias-multa (R$ 2.332).

Crime começou com desentendimento e terminou em execução brutal

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), tudo começou após uma das vítimas fazer um gesto de facção rival em um bar. Integrantes do grupo criminoso identificaram o gesto e, sob ordem de uma das líderes da organização, invadiram a casa onde a vítima se refugiou com outras pessoas. Lá, renderam os moradores, separaram as vítimas, espancaram e amarraram várias delas.

Uma das vítimas foi decapitada ainda no local. Outras seis foram levadas em carros distintos até o bairro Vila Nova, onde foram executadas com tiros na cabeça. Os corpos foram colocados em um automóvel e incendiados. Um outro cadáver foi escondido em uma plantação de pupunha. Três vítimas sobreviveram após um dos carros apresentar problemas mecânicos e ser abandonado.

STF autoriza prisão imediata dos condenados

Os cinco réus já estavam presos preventivamente desde o início do processo. A Justiça negou o direito de recorrer em liberdade, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri permite a execução imediata das penas, independentemente da duração.

O julgamento, considerado histórico pelo Ministério Público, reafirma o papel do Tribunal do Júri como instrumento de justiça e resposta à sociedade diante de crimes bárbaros.

Em obediência às legislações Cível e Penal brasileiras, o Notisul não divulga os nomes de vítimas ou de condenados pela Justiça.

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