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Operação Em Chamas: Polícia Civil de Imbituba mira grupo ligado a execuções

FOTOS PCSC Divulgação Notisul

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A Polícia Civil de Imbituba deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17), a Operação Em Chamas, que mobilizou mais de 85 policiais para desarticular um grupo criminoso investigado por execuções ligadas a uma facção criminosa com atuação na Grande Florianópolis.

A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia da Comarca de Imbituba, por meio do Setor de Investigações e Capturas (SIC), e teve como objetivo o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária.Operação Em Chamas mira grupo ligado a execuções em SC

Crimes investigados e planejamento da execução

A investigação apura crimes de homicídio qualificado, incêndio doloso e fraude processual majorada, praticados no contexto de organização criminosa.

O principal crime ocorreu por volta das 3h do dia 14 de outubro de 2025, quando criminosos fortemente armados invadiram uma residência no bairro Alto Arroio, em Imbituba. No local, a vítima, um homem de 34 anos, foi surpreendida enquanto dormia e atingida por ao menos 54 disparos de arma de fogo, morrendo no local.

Segundo a Polícia Civil, o homicídio foi previamente planejado. Parte dos criminosos se deslocou da Grande Florianópolis até Imbituba para executar o crime e retornou à região logo após a ação.

Facção criminosa e “tribunal do crime”

De acordo com as investigações, o assassinato está ligado a uma facção criminosa catarinense, que atua por meio de um chamado “tribunal do crime”, no qual integrantes decretam a morte de desafetos.

Os suspeitos investigados fazem parte de um núcleo envolvido em diversos homicídios na região. O grupo atua com um modus operandi semelhante, surpreendendo as vítimas com ações rápidas e violentas.

Modo de agir do grupo

Conforme apurado, os criminosos utilizam:

  • Pistolas com carregadores estendidos;

  • Luvas e balaclavas para dificultar a identificação;

  • Execução com grande número de disparos em poucos segundos;

  • Incêndio de veículos e destruição de provas após os crimes.

Esse padrão teria sido adotado para garantir a morte imediata das vítimas e dificultar o trabalho investigativo.

Prisões e apreensões

No caso investigado, a atuação conjunta da Polícia Civil de Imbituba e das agências de inteligência da Polícia Militar resultou na prisão em flagrante de um dos envolvidos, na cidade de São José, poucas horas após o homicídio.

Em uma tentativa de retaliação às forças de segurança e de destruição de provas, outro investigado ateou fogo no veículo utilizado no crime, que já havia sido apreendido pela Polícia Civil.

As investigações identificaram, até o momento, ao menos quatro criminosos diretamente envolvidos nos crimes.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares e documentos relevantes para o inquérito. Também houve a prisão em flagrante de uma pessoa por posse de munição de calibre permitido e porte de munição de calibre restrito.

Nome da operação e apoio policial

O nome Operação Em Chamas faz referência direta ao incêndio provocado pelos criminosos, ato que, segundo a Polícia Civil, não impediu o avanço das investigações nem a resposta das forças de segurança.

A operação contou com apoio de diversas unidades da Polícia Civil de Santa Catarina, incluindo DEIC, DPGF, DPSUL e COPC, além da Polícia Militar de São José, Palhoça e Imbituba.

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