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Cláudio Castro se reúne com Alexandre de Moraes após operação mais letal do Rio

Foto: Divulgação

Tempo de leitura: 3 minutos

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reuniu-se nesta segunda-feira (3) com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, Rio de Janeiro.

Durante o encontro, o governador apresentou dados sobre o planejamento e a execução da Operação Contenção, realizada na semana passada nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes — a incursão policial mais letal da história do estado.


Objetivo da visita e cumprimento da ADPF das Favelas

A visita de Moraes teve como objetivo coletar informações sobre a operação, uma vez que o ministro é o relator temporário da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que define diretrizes para reduzir a letalidade policial no Rio.

Entre as regras previstas estão o uso proporcional da força, o emprego de câmeras corporais e a elaboração de planos de reocupação de territórios dominados por facções criminosas.

De acordo com o governo fluminense, um relatório detalhado sobre o cumprimento da ADPF será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.


Visita ao Centro de Comando e tecnologia de monitoramento

Moraes também visitou a Sala de Inteligência e Controle do CICC, onde são operados os sistemas de reconhecimento facial e câmeras portáteis utilizadas pela Polícia Militar, com acompanhamento em tempo real das ações.

O CICC é o principal polo de integração das forças de segurança do estado, reunindo polícias, Bombeiros, Defesa Civil, Detran e órgãos municipais e federais.

Após a reunião, o ministro não falou com a imprensa. Já o governador afirmou que a conversa tratou do projeto de retomada de territórios, em fase de elaboração pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Demos ao ministro total possibilidade de tirar todas as dúvidas sobre a política de segurança do Rio e os desafios no combate ao crime”, disse Cláudio Castro.


Operação Contenção: 121 mortos e 113 presos

Realizada pelas polícias Civil e Militar, a operação deixou 121 mortos, sendo quatro policiais. O governo estadual classificou a ação como “bem-sucedida” e afirmou que os mortos reagiram com violência, enquanto os que se renderam foram presos.

A ação resultou em 113 prisões, incluindo 33 pessoas de outros estados, além da apreensão de 118 armas e 1 tonelada de drogas. A missão tinha como foco conter o avanço da facção Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e 100 de prisão, sendo 30 expedidos pela Justiça do Pará.

Com 2,5 mil agentes mobilizados, a operação é considerada a maior e mais letal dos últimos 15 anos. Os confrontos e retaliações causaram pânico na população, com tiroteios intensos, fechamento de vias, escolas e comércios.

Organizações sociais e moradores denunciaram a ação como uma “chacina” e pediram investigação independente sobre as mortes.

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