
Zahyra Mattar
Tubarão
As negociações entre trabalhadores em agências bancárias e empresas começaram. A data-base da categoria terminou no dia 31 de agosto, mas foi prorrogada até o próximo dia 30. Ontem, sindicalistas e representantes da Federação Nacional dos Bancos debateram as pautas social, sindical e de saúde dos funcionários.
Hoje, as negociações são com a Caixa Econômica Federal e na próxima segunda-feira será a vez do Banco do Brasil. As questões econômicas entram em discussão somente após a quinta-feira da próxima semana.
Este ano, os trabalhadores pleiteiam a participação nos lucros e resultados e reajuste de 5% mais o índice do INPC, que deverá fechar em 7,5% (com isso, chega a um total de 12,5%, aproximadamente).
“As negociações avançam bem e, por ora, não existe nem mesmo possibilidade de indicativo de greve”, salienta o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR), Armando Machado Filho.
A questão do assédio moral também faz parte da pauta deste ano. Em muitas agências, a pressão para que o empregado supere metas estratosféricas é enorme. “O bancário tornou-se um vendedor e é muito cobrado para que busque cada vez mais clientes e comercialize os produtos, como cartões e seguros, algo que não concordamos”, expressa Armando.
No ano passado, a greve dos bancários durou 12 dias, mas foi mais forte do que em anos anteriores porque os trabalhadores da rede privada também paralisaram.