
Angelica Brunatto
Tubarão
O Observatório Social em Tubarão está lançado. O primeiro passo para a concretização da entidade foi dado ontem à noite, quando ocorreu uma palestra de sensibilização no Salão Nobre da Unisul. Além da comunidade, o evento reuniu um bom número de representantes de órgãos, entidades e associações do município.
A palestra foi ministrada por Ney da Nóbrega Ribas, vice-presidente do órgão no Brasil, e Enara Rodrigues, diretora-executiva da entidade. Entre os assuntos abordados, estava a atuação do Observatório na sociedade. “A intenção foi dar um panorama geral sobre quem somos, onde estamos e como funcionamos”, detalha Enara.
Para que o Observatório seja formado, é necessária a participação de voluntários. “Qualquer um pode integrar o órgão, desde que não seja funcionário público e que não tenha filiação partidária”, enumera Ney.
O trabalho dos voluntário é realizar pesquisa de preços, comparecer nas sessões das câmaras de vereadores e acompanhar os processos licitatórios do executivo e do legislativo.
O ‘carro-chefe’ desta associação é o controle das licitações. O objetivo é evitar fraudes durante todo o processo. Enara garante que nas cidades onde o Observatório está instalado, a realidade mudou.
Como o próprio nome sugere, o papel principal da entidade é o de observar e não fiscalizar o poder público. “Não denunciamos. Quando encontramos alguma irregularidade, notificamos o prefeito, o secretário da pasta. Se nada for feito, levamos à câmara de vereadores. Somente depois partirmos para o Ministério Público”, explica Ney.
“Não fazemos juízo de valor”
As primeiras noções do Observatório Social foram apresentadas ontem, em Tubarão. Porém, toda a capacitação começará a ser oferecida a partir de hoje para os voluntários. Para saber dos trabalhos da associação, o grupo emitirá, a cada quatro meses, um relatório com os dados recolhidos no período. “Não fazemos juízo de valor. Quem interpretará é a comunidade”, explica o vice-presidente do Observatório Social do Brasil, Ney da Nóbrega Ribas.