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Cuidar do coração salva vidas
O Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e da Morte Súbita, celebrado em 12 de novembro, chama atenção para a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção das doenças do coração, que seguem entre as principais causas de morte no Brasil.
De acordo com a cardiologista Dra. Letiana Fabris Zappelini, do Complexo Médico Provida, as arritmias cardíacas — alterações no ritmo dos batimentos do coração — podem passar despercebidas, mas também provocar sintomas sérios e até levar à morte súbita.
“Em condições normais, nossos corações batem de forma rítmica e regular. Quando há alteração nesse ritmo, de forma acelerada, lenta ou irregular, temos uma arritmia”, explica.
O que são as arritmias e seus sintomas
As arritmias podem variar de quadros simples a casos graves. Segundo a especialista, os sintomas mais comuns incluem:
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Palpitações e batimentos acelerados;
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Dor no peito e falta de ar;
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Tonturas e desmaios;
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Palidez, suor excessivo e mal-estar.
Em muitos casos, porém, a doença é silenciosa e só é descoberta em exames de rotina ou check-ups. Em situações mais severas, pode estar associada a AVCs e paradas cardíacas.
“Muitos pacientes convivem com arritmias sem saber. O ideal é realizar consultas regulares e exames simples, como o eletrocardiograma. Identificar precocemente uma alteração no ritmo cardíaco pode salvar vidas”, reforça a cardiologista.
Fatores de risco e prevenção
Os principais fatores que aumentam as chances de desenvolver arritmias são:
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Hipertensão e diabetes;
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Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
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Obesidade e sedentarismo;
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Histórico familiar;
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Estresse e privação de sono.
A médica ressalta que mudanças no estilo de vida são essenciais para a prevenção:
“Alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, sono adequado e controle do estresse são pilares da saúde cardiovascular.”
Arritmias no Brasil: números que preocupam
Estima-se que mais de 20 milhões de brasileiros convivam com arritmias cardíacas. O problema está relacionado a cerca de 320 mil mortes súbitas por ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O alerta é claro: consultas médicas regulares, exames de rotina e hábitos saudáveis são as melhores formas de proteger o coração e evitar complicações graves.
