Início Geral Enfermeira de Tubarão destaca a importância da doação de órgãos

Enfermeira de Tubarão destaca a importância da doação de órgãos

Tubarão

A doação de órgãos é vista como um ato nobre que pode salvar vidas. Em diversas situações, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para muitas pessoas que precisam de doação. É necessário, porém que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão.

Em setembro passado, o Estado registrou mais de 40 doações efetivas em 30 dias. O recorde histórico de 43 procedimentos foi registrado naquele mês. Foi o melhor desempenho nos quase 20 anos do SC Transplantes, unidade vinculada à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com a enfermeira do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão, e que faz parte da equipe SC Transplantes no município, Regiane Pereira, o trabalho nesta área é gratificante e é preciso sensibilizar mais as pessoas. “É necessário que a população saiba, que na morte encefálica é constatado o óbito do paciente, ele está morto. Infelizmente não tem como reverter a situação, mas existe milhares de pessoas em uma fila de espera que aguardam por uma segunda chance. Cada vez que sou chamada e há um paciente em morte encefálica, penso, lá vou ajudar uma pessoa a ter uma segunda chance. Sei que estarei colaborando com alguém em algum lugar. Receber uma ligação dizendo um sim e por trás dessa pessoa tem uma mãe, um pai ou um filho que irão ficar felizes”, observa.

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Atualmente a comissão hospitalar de transplante do HNSC é composta por cinco enfermeiros e tem como coordenador, o médico Vilto Michels. Além disso, há a colaboração de uma equipe multidisciplinar de psicólogos, intensivistas e assistente social.

Regiane conta que inicialmente é feito o processo de acolhimento desde o momento da entrada do paciente no hospital. “A equipe é acionada, proporcionamos visita ampliada ao paciente (a família pode entrar a qualquer momento para visitar o paciente. Não há restrição de horário).  Explicamos a gravidade e os familiares participam de todo o processo. Criamos um vínculo, disponibilizamos contato telefônico, onde a família pode entrar em contato conosco em qualquer horário. Assim, eles podem sanar as dúvidas sobre a situação do paciente”, detalha.

Famílias têm de lidar com uma série de dúvidas na hora de decidir se doam ou não os órgãos de um parente recém-perdido. E os motivos para a negação vão muito além: medo da reação e de conflitos com o resto da família e até religioso. Na Cidade Azul, o número de doações teve um acréscimo. “ Aumentou muito o número de aceitação dos familiares. Quando a família opta pela não doação perguntamos se o doador em vida relatou não ser doador. Questionamos sobreo que ele sabia do processo de doação de órgãos, mostramos a importância da doação e que muitas vidas poderão ser salvas. É nosso dever explicarmos para os familiares e se mesmo assim não aceitarem a doação, a decisão da família tem que ser respeitada”, finaliza.

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