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Equipes da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese) instalaram armadilhas de videomonitoramento de fauna nas comunidades de São Miguel e nas proximidades de São Geraldo, em Gravatal, na última quinta-feira (27). Os equipamentos, acionados por sensores de movimento, registram automaticamente a presença de animais. Na segunda semana de dezembro, os dispositivos serão realocados para outros dois pontos, totalizando quatro áreas monitoradas.
A iniciativa integra o diagnóstico do Estudo Técnico Socioambiental que subsidia a revisão do Plano Diretor do município.
Estudo técnico vai orientar futuras decisões
A Prefeitura de Gravatal contratou a Fepese por meio de processo licitatório para elaborar estudos, pesquisas e orientações técnicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável. Segundo o secretário de Administração, Fazenda e Desenvolvimento Econômico Sustentável, Marcelo Daufenback Pompeo, os levantamentos em andamento permitirão avançar na atualização do Plano Diretor, instituído pela Lei Municipal 1.647/2013.
Ele explica que o estudo também embasará o Plano de Desenvolvimento Socioambiental e o Plano de Desenvolvimento do Movimento Econômico.
“Hoje, o Plano Diretor limita a expansão econômica e tecnológica. A instalação de empresas em áreas classificadas como rurais, por exemplo, é inviável. Esses estudos técnicos básicos vão nos ajudar a repensar as legislações que regem a cidade”, afirma o secretário.
As próximas etapas incluem treinamentos com três grupos de trabalho voltados ao levantamento socioambiental, à revisão do Plano Diretor e ao Conselho da Cidade, previstos para 2 de dezembro.
Monitoramento da fauna e análise territorial 

A engenheira civil e coordenadora técnica do estudo, Madelon Rebelo Peters, explica que o diagnóstico inclui levantamento topográfico, registro de fauna e análise territorial. Os equipamentos de videomonitoramento auxiliam na identificação das espécies presentes nas áreas monitoradas.
“Elas são acionadas por movimento e registram imagens que permitem identificar os animais. O objetivo é entender a dinâmica ambiental dessas regiões”, destaca.
Além da fauna, o estudo avaliará recursos hídricos, flora, infraestrutura urbana, saneamento, drenagem e resíduos sólidos. As análises seguem diretrizes da Lei Federal 14.285/2021 e consideram as áreas de preservação permanente (APPs). A partir do material coletado, será delimitado o perímetro urbano consolidado, base para futuras propostas de flexibilização hídrica e diretrizes de ocupação.
O diagnóstico deve seguir até o final de março. Depois, começa a fase de avaliação e prognóstico, com duração prevista entre três e quatro meses. Em abril, têm início as análises de recursos hídricos e discussões técnicas. A conclusão do trabalho está prevista para ocorrer entre agosto e setembro.
Participação popular será decisiva
No dia 16 de dezembro, às 18h30, a Câmara de Vereadores de Gravatal sediará a primeira audiência pública para apresentar à população a metodologia e as fases da revisão. Já as audiências consultivas e participativas começam em março, em formato de oficinas, nas localidades de Centro, Termas, Bela Vista, Pouso Alto e Várzea das Canoas.