IPCA sobe 0,56% em março e alimentos puxam a inflação

    Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

    O IPCA, indicador oficial da inflação no Brasil, registrou alta de 0,56% em março de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11). O aumento foi puxado principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que subiu 1,17% e teve o maior impacto no índice. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação soma 5,48%, acima da meta do Banco Central. O número veio dentro das expectativas do mercado, que já esperava essa variação. A pressão maior veio dos alimentos consumidos em casa, com destaque para o tomate, ovo e café moído.

    Alimentos lideram alta e impactam orçamento das famílias

    O grupo de alimentação e bebidas foi o principal responsável pela inflação de março, com alta de 1,17%. Os alimentos consumidos em casa tiveram elevação de 1,31%, influenciados pela estiagem que afetou plantações e pelo calor que acelerou a maturação de produtos como o tomate. Além disso, a quaresma e o aumento do custo da ração contribuíram para o encarecimento dos ovos. O café moído também disparou, refletindo perdas na lavoura. A alimentação fora de casa também subiu: 0,77% no mês.

    Combustíveis e passagens aéreas pesam nos transportes

    O grupo de transportes subiu 0,46%, puxado pelo aumento das passagens aéreas, que registraram alta de 6,91%. Os combustíveis também subiram, embora em ritmo mais lento do que em fevereiro. A gasolina teve variação de 0,51% em março, o etanol subiu 0,16%, e o óleo diesel 0,33%. A única exceção foi o gás veicular, que teve uma leve aceleração. O setor de transporte continua sendo um dos que mais impactam o dia a dia dos brasileiros.

    Despesas pessoais também pressionam índice

    Outro destaque foi o grupo de despesas pessoais, que subiu 0,70% em março. A alta foi influenciada especialmente por itens como cinema, teatro e concertos, que ficaram 7,76% mais caros após o fim das promoções da Semana do Cinema em fevereiro. Também houve elevação nos preços do vestuário (0,59%) e nos artigos de residência (0,13%), além de pequenos aumentos nos grupos de habitação, saúde, educação e comunicação.

    Energia elétrica desacelera e ajuda a conter índice

    Ao contrário de fevereiro, quando a energia elétrica teve forte impacto na inflação, em março o aumento foi bem mais moderado, de apenas 0,12%. Isso aconteceu porque, em fevereiro, as contas de luz sofreram reajustes devido à ausência do desconto aplicado em janeiro com o Bônus de Itaipu. Essa desaceleração ajudou a conter um avanço ainda maior do IPCA neste mês. Os preços monitorados também cresceram menos, passando de 3,16% em fevereiro para 0,18% em março.

     

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