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Uma semana após a megaoperação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, a Justiça autorizou, nesta terça-feira (4), a transferência de sete presos apontados como lideranças do Comando Vermelho (CV) de presídios estaduais para o sistema penitenciário federal.
O processo será encaminhado ao Juízo Federal competente para a adoção dos trâmites legais. Após a autorização definitiva, a Polícia Penal Federal será responsável pelas escoltas e transferências dos detentos.
Veja quem são os detentos transferidos:
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Arnaldo da Silva Dias, o “Naldinho”
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Carlos Vinicius Lírio da Silva, o “Cabeça do Sabão”
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Eliezer Miranda Joaquim, o “Criam”
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Fabrício de Melo Jesus, o “Bicinho”
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Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o “My Thor”
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Alexander de Jesus Carlos, o “Choque”
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Roberto de Souza Brito, o “Irmão Metralha”
Os sete não estão entre os 113 presos durante a Operação Contenção, realizada no final de outubro.
Ainda não há definição sobre o destino final dos detentos, uma vez que as informações sobre unidades federais só são divulgadas após a conclusão das escoltas, por razões de segurança.
O governo do Rio de Janeiro chegou a solicitar dez novas vagas em presídios federais. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), 12 novos detentos fluminenses foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal apenas em 2025. O estado é o segundo com mais presos sob custódia federal, totalizando 59 custodiados.
“Doca” segue foragido
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca” ou “Urso”, segue foragido. Ele é apontado pelas forças de segurança como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), com forte atuação no Complexo da Penha e no Morro do São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense.
De acordo com o Ministério Público, Doca seria responsável por ordenar atos de tortura na Penha e controlar o tráfico de drogas em diferentes regiões do Rio.
Segundo a apuração da CNN Brasil, a fuga do criminoso contou com a proteção de cerca de 70 integrantes da facção, que formaram um cerco armado para permitir sua saída da comunidade durante a megaoperação.
O Disque Denúncia oferece recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à sua localização — o mesmo valor oferecido por Fernandinho Beira-Mar quando ele estava foragido na Colômbia.
As forças de segurança seguem realizando diligências para localizar Doca. A operação do dia 28 de outubro foi a mais letal da história do estado, com mais de 120 mortos, segundo dados oficiais.
