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Maduro acusa EUA de apontar mísseis contra Venezuela e fala em luta armada

Foto: Reprodução das míidas - Divulgação: Notisul

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou nesta segunda-feira (1º) que oito embarcações militares dos Estados Unidos, incluindo um submarino, estão “apontadas” para o território venezuelano. Segundo ele, os navios carregam 1.200 mísseis direcionados ao país.

Em entrevista coletiva, Maduro classificou a movimentação como “a maior ameaça à América Latina no último século” e afirmou que Caracas não se curvará a pressões externas.

“Se a Venezuela for agredida, passaria imediatamente ao período de luta armada em defesa do território nacional, da história e do povo”, disse o presidente.

Operação dos EUA no Caribe

O envio das embarcações ocorreu em agosto, sob o argumento de combater cartéis de drogas na América Latina. A frota inclui sete navios de guerra, um submarino nuclear, 4.500 militares e aviões espiões.

Analistas avaliam, no entanto, que o contingente é desproporcional para uma simples operação antidrogas. Um esquadrão anfíbio poderia, por exemplo, ser utilizado em uma invasão terrestre.

O governo de Donald Trump não confirma nem descarta a possibilidade de intervenção militar. Reportagem do site Axios revelou que o presidente pediu a seus conselheiros um “menu de opções” sobre a Venezuela, incluindo ataques aéreos.

Petróleo em disputa

A imprensa americana aponta que, além da narrativa antidrogas, a motivação pode estar ligada ao petróleo venezuelano. O país possui as maiores reservas comprovadas do mundo, estimadas em 302,3 bilhões de barris, segundo relatório de 2025.

Em 2023, antes de ser reeleito, Trump chegou a afirmar que “tomaria o petróleo da Venezuela” caso tivesse vencido a eleição de 2020.

Reação venezuelana

O governo de Caracas enviou uma carta à ONU classificando a movimentação como “ameaça gravíssima”. O documento pede que a organização pressione Washington a respeitar a soberania do país.

Maduro também reforçou a mobilização militar. Nos últimos dias, o presidente anunciou o envio de 15 mil soldados à fronteira com a Colômbia e a ativação de 4,5 milhões de milicianos. Ele também apareceu fardado em visita às tropas.

“Estamos preparados para defender a paz, a soberania e a integridade territorial”, declarou.

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