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Mourão critica tarifa de Trump e diz: “Não aceito que venha meter o bedelho”

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Durante audiência da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado nesta terça-feira (15), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou duramente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Mourão, que foi vice-presidente do Brasil entre 2019 e 2022, classificou a medida como uma ingerência inaceitável em assuntos internos do país.

“Eu não aceito que o Trump venha meter o bedelho em um caso aqui que é interno nosso”, afirmou o parlamentar. “Há uma injustiça sendo praticada contra o presidente Bolsonaro? Há. Mas compete a nós, brasileiros, resolvermos isso.”

Tarifa de 50% entra em vigor em agosto

A nova tarifa foi anunciada por Trump no último dia 9 e está prevista para entrar em vigor a partir de 1º de agosto. A decisão foi formalizada em uma carta enviada diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, na qual o governo dos EUA justificou a sobretaxa com base em supostas “ameaças à liberdade de expressão” originadas de decisões da Suprema Corte brasileira.

Na carta, Trump menciona:

“[…] ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos […]”.

As tarifas atingirão todos os produtos brasileiros exportados aos EUA, sem distinção setorial. O petróleo, principal item da pauta de exportação brasileira para o mercado norte-americano, será diretamente afetado.

“Nem Macron, nem Greta, nem DiCaprio”

Mourão também aproveitou a ocasião para criticar outras figuras estrangeiras que já se manifestaram sobre o Brasil em ocasiões anteriores.

“Da mesma forma, caros colegas, que não aceito que o Macron, que a Greta Thunberg, que o Leonardo DiCaprio, venham meter a mão em coisas aqui do Brasil”, disparou.

Segundo o senador, a estratégia adotada por Trump “prejudica os interesses das nações americanas” e fere a soberania brasileira.

Impacto nas relações comerciais

Os Estados Unidos são o segundo maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Em 2024, o volume de comércio entre os dois países ultrapassou US$ 40 bilhões. Com a nova tarifa, setores como petróleo, celulose, alimentos e siderurgia podem ser afetados.

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