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Oruam se posiciona após ter prisão preventiva decretada no Rio

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

O rapper Oruam divulgou nesta terça-feira (22) uma carta à imprensa onde se posiciona após a Justiça do Rio de Janeiro decretar sua prisão preventiva. O artista afirma ter sido vítima de abuso de autoridade e nega qualquer envolvimento com atividades criminosas.

Segundo Oruam, ele só reagiu e atirou pedras contra policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) após ter sido ameaçado com armas de fogo durante uma ação na madrugada em sua casa, no Joá, Zona Oeste da capital. Os agentes buscavam um adolescente supostamente ligado ao Comando Vermelho.

“Apesar da invasão, nenhuma objeção ou suspeita foi encontrada. Meu produtor foi algemado sem justificativa. Sofremos violência emocional e física”, afirmou o cantor.

Acusações e justificativas

A prisão preventiva foi decretada por crimes como resistência qualificada, desacato, lesão corporal, ameaça e dano, cometidos durante a abordagem policial. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), os atos ocorreram enquanto a polícia tentava cumprir mandado de busca e apreensão de um adolescente acusado de envolvimento com o tráfico.

A defesa de Oruam alega que a entrada da polícia ocorreu fora do horário legal (entre 5h e 21h), e que os agentes teriam rasgado objetos pessoais e intimidado os moradores.

“A lei tem cor e só vale para preto. Vocês não estão preparados para pretos no topo”, criticou o artista ao rebater acusações feitas pelo secretário da Polícia Civil, Felipe Cury.

Histórico polêmico e envolvimento com a mídia

Oruam, cujo nome artístico está atrelado a uma trajetória de sucesso no rap nacional, é filho de Marcinho VP, preso desde 1996 e condenado por tráfico e homicídios. O artista já havia causado polêmica ao usar uma camiseta com os dizeres “Liberdade para Marcinho VP” durante apresentação no Lollapalooza 2023.

O rapper também ostenta nas redes sociais um estilo de vida de luxo, com veículos importados e um gato da raça Savannah F1 avaliado em R$ 120 mil.

Além disso, ele acumula ocorrências recentes com a polícia. Em fevereiro, foi preso por abrigar o traficante foragido Yuri Pereira Gonçalves, e na semana anterior, por direção perigosa após manobra arriscada na orla da Barra da Tijuca, sendo liberado mediante pagamento de fiança de R$ 60 mil.

Polícia rebate versão e sustenta legalidade da ação

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a entrada na residência ocorreu após a equipe ser atacada com pedras, e que a presença do adolescente foragido justificava a ação. O jovem, apontado como segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca – um dos chefes do Comando Vermelho –, teria conseguido fugir durante a confusão.

A Justiça entendeu que os elementos apresentados justificam a prisão preventiva com base no Código de Processo Penal, para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.

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