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Penitenciária de Curitibanos alcança 83% de reeducandos em trabalho

IMAGEM TJSC divulgação, Notisul

A Penitenciária Regional de Curitibanos, no Meio-Oeste catarinense, mostra que o sistema prisional também pode ser uma porta de transformação. Com 83,03% dos seus 1.055 internos envolvidos em atividades laborais, a unidade é referência nacional em ressocialização, atingindo um dos maiores índices do país. A proposta une dignidade, capacitação profissional e segurança dentro e fora dos muros.

Oficinas industriais e novos projetos ampliam oportunidades

A estrutura da penitenciária conta com 19 mil metros quadrados dedicados a atividades produtivas. São oficinas de empresas conveniadas e setores próprios, como marcenaria e agropecuária, que ocupam a maioria dos internos. Além disso, estão em andamento novos projetos, como a produção de artefatos de cimento e o processamento de suco de uva.

As atividades realizadas incluem:

  • Fabricação de estofados e camas box
  • Reciclagem de polietileno
  • Produção de cabos de madeira e rebarbação de peças automotivas
  • Confecção de roupas masculinas
  • Produção de palitos de dente e fósforos
  • Serviços nas áreas de alimentação e saneamento

Trabalho gera renda, reduz conflitos e estimula reintegração

Para o diretor Jair Antônio França, o trabalho é uma engrenagem essencial para ressocialização: “Gera renda para as famílias, ressarce o Estado e projeta uma nova perspectiva de vida, baseada na dignidade”, afirma.

Além dos ganhos sociais, o envolvimento dos reeducandos nas atividades laborais tem reduzido a ociosidade, infrações disciplinares e o aliciamento por facções, promovendo um ambiente mais seguro e produtivo.

Reeducandos conquistam liberdade e emprego com dignidade

Histórias como a de I.Z.S. e B.M.O. reforçam a eficácia do modelo adotado. Ambos começaram em oficinas conveniadas dentro da penitenciária, conseguiram livramento condicional e foram recontratados pelas mesmas empresas, hoje vivendo em liberdade com empregos formais. Casos que provam que a ressocialização é possível quando há oportunidade real.

A juíza Ana Cristina Agustini, que atuou na Vara Regional de Execuções Penais, defende a mudança de paradigma:

“O trabalho devolve ao indivíduo o senso de utilidade social e autoestima. O Judiciário tem papel fundamental ao fomentar políticas voltadas à ressocialização por meio do diálogo com empresas, órgãos públicos e o sistema penitenciário.”

Modelo catarinense é referência nacional

O sucesso da unidade de Curitibanos atraiu a atenção de diversos estados e do Distrito Federal, que já enviaram comitivas para conhecer de perto a experiência. A troca de conhecimentos e boas práticas tem potencial de multiplicar o modelo em outras regiões.

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