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A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos de Criciúma, concluiu o inquérito sobre o chamado “golpe do falso assalto”, que vitimou um estabelecimento comercial da região central da cidade. O caso envolveu ameaças por telefone e transferências via PIX, resultando em grande prejuízo financeiro.
Como funcionava o golpe
O crime consistia em ligação telefônica com grave ameaça. O interlocutor, com sotaque carioca, afirmava que criminosos armados invadiriam a loja e matariam os presentes caso a proprietária não transferisse dinheiro para contas indicadas.
A vítima, sob pressão psicológica, fez diversas transferências bancárias, entregando valores pessoais e da empresa, o que ocasionou não apenas perdas financeiras, mas também forte impacto emocional.
Investigação identificou oito suspeitos
Durante a investigação, foram reunidos documentos e solicitada cooperação ao Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil. A análise mostrou um esquema de ocultação de valores por meio de “contas de passagem” em bancos digitais, que eram encerradas logo após os golpes.
O grupo criminoso, segundo a polícia, tem base no Rio de Janeiro, com maioria dos investigados cadastrados em Cabo Frio. O inquérito resultou no indiciamento de oito pessoas, uma delas já presa preventivamente em julho de 2024 por golpes semelhantes no Distrito Federal.
Pedido de prisão preventiva e próximos passos
De acordo com a Polícia Civil, devido à gravidade dos crimes e ao caráter interestadual da associação criminosa, foi solicitada a prisão preventiva dos oito indiciados para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
O inquérito segue agora para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário.