Capivari de Baixo
O prefeito de Capivari de Baixo, Nivaldo Sousa (PSB), amargou derrotas nos últimos dias na Câmara de Vereadores do município, a última delas foi ter derrubado por seis votos a cinco, o veto da emenda que daria acréscimo ao duodécimo. Com a derrubada do veto, o projeto de emenda será obrigatoriamente sancionado e transformados em lei, com publicação no Diário Oficial.
Nesta terça-feira (27), procurado pelo Notisul, o chefe do poder Executivo garantiu que não sancionará o projeto encaminhado pela Câmara. “Assim que receber o projeto de lei, tenho 48 horas para assinar, mas tão logo receber devolvo à casa Legislativa sem assinatura. Dessa forma, o presidente da Câmara poderá assinar, mas acredito que o Adam não o fará e sim o vice-presidente. Após esses trâmites vamos acionar a justiça e buscar as medidas cabíveis”, garante Nivaldo.
Na sessão desta segunda-feira, foram cerca de duas horas discutindo este único ponto. Na sessão, alguns legisladores trocaram ofensas e um deles, José Adilson Vieira Freitas, o Zé da Gaita, afirmou que o os valores mensais de acréscimo do duodécimo são necessários. “O que estão fazendo é enganar a população. Esses R$ 304 mil são importantes para a manutenção do local, não haverá aumento para os vereadores. Agora nós vamos poder fiscalizar para vocês. Andaram oferecendo, para um vereador, R$ 80 mil e uma secretaria (municipal) para mudar o seu voto. Isso é uma vergonha. Tenho filmagem”, acusa.
Procurado pelo Notisul, o legislador da cidade termelétrica pediu que fosse contatado hoje em sua residência, no entanto, não confirmou o horário alegando que poderia estar fora de casa trabalhando. De acordo com Nivaldo, a afirmação do parlamentar não condiz com a realidade. “Não fizemos esse tipo de negociata. Não trabalho dessa forma e a minha equipe também. Quando encaminho algo à Câmara é pensando na população. Meu mandato é pautado na sociedade de Capivari de Baixo”, enfatiza.
Conforme o vereador e advogado Thiago Viana (PP), ele solicitará a ata no Ministério Público (MP) e o legislador que fez a denúncia na tribuna deverá juntar a filmagem junto ao MP para uma posterior investigação. “Ele fala muito em ir e ter que ir lá, porém, quero ver fazer. Se esse crime ocorreu, queremos que seja apurado e os fatos elucidados”, finaliza.
