Thiago Kaue/ SecomGOVSC Divulgação Notisul
O Governo de Santa Catarina vem ampliando o uso de mão de obra prisional na manutenção e reforma de hospitais e maternidades. Atualmente, 26 internos já trabalham em sete unidades de saúde, recebendo capacitação e remuneração, enquanto reduzem a pena e conquistam novas perspectivas. A ação, parte do Programa Trabalho pela Liberdade, une economia, ressocialização e melhorias na estrutura hospitalar.
Parceria leva mão de obra prisional para hospitais catarinenses
O projeto, viabilizado pela Secretaria de Estado da Justiça e Reintegração Social (Sejuri), em parceria com a Secretaria da Saúde, oferece 47 vagas — sendo 26 já ocupadas. Entre as unidades que participam estão:
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Hospital Hans Dieter Schmidt e Maternidade Darcy Vargas (Joinville)
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Hospital Maternidade Tereza Ramos (Lages)
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Hospital Celso Ramos, Hospital Infantil Joana de Gusmão, Hospital Regional de São José e Hospital Governador Celso Ramos (Florianópolis)
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Hospital Santa Teresa (São Pedro de Alcântara)
As funções incluem pintura, manutenção predial, jardinagem, limpeza de ar-condicionado, apoio logístico e até pavimentação de áreas internas.
Seleção criteriosa e capacitação profissional
Os internos passam por avaliação rigorosa, considerando regime penal, comportamento, tipo de crime e perfil para a vaga. Durante o trabalho, recebem treinamentos técnicos, que podem ser aproveitados no mercado após a liberdade. Um exemplo citado é o de um preso que aprendeu manutenção de sistemas de ar-condicionado e pretende atuar na área quando cumprir a pena.
Remuneração e benefícios para todos
O pagamento é equivalente a um salário mínimo, com 25% destinado ao Fundo Rotativo, que financia melhorias coletivas. O restante vai diretamente ao trabalhador. Além do dinheiro, os internos têm direito à remição de pena, com desconto no tempo de encarceramento. Segundo a secretária Danielle Amorim Silva, a iniciativa melhora a disciplina e reduz a reincidência criminal.
Impactos sociais e expansão do programa
Além de reduzir custos, a iniciativa fortalece o papel social das instituições de saúde e incentiva a cidadania. “Unimos as necessidades de infraestrutura da saúde com a reintegração à sociedade de forma organizada”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi. A Sejuri prevê expandir o programa para mais municípios, sempre com rigor nos protocolos de segurança, transporte adequado e fornecimento de EPIs e uniformes.