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Reciclagem de eletrônicos avança enquanto centros de dados verdes ganham força

Foto: Divulgação

A geração crescente de resíduos eletrônicos e o avanço de tecnologias sustentáveis estão impulsionando mudanças profundas na forma como equipamentos são fabricados, usados e descartados. Paralelamente, centros de dados verdes se consolidam como um pilar essencial para reduzir o impacto ambiental do setor digital. Ambos os mercados caminham para um futuro mais eficiente, circular e de baixa emissão de carbono.

O crescimento da reciclagem de eletrônicos

O mercado global de reciclagem de eletrônicos deve atingir US$ 22,2 bilhões em 2025, impulsionado pelo aumento no volume de e-waste e por regulações mais rígidas de descarte. A previsão acompanha outro dado preocupante: a geração global deve alcançar 74 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos no mesmo período.

A expansão não se limita ao reaproveitamento convencional. O setor vem incorporando novas tecnologias que permitem maior circularidade, com foco em recuperação, reutilização e remanufatura de componentes.

Inovações tecnológicas: do metal líquido à IA

Pesquisadores desenvolveram materiais de metal líquido flexíveis e autorreparáveis, quase totalmente recicláveis. Eles abrem espaço para eletrônicos mais duráveis, modulares e sustentáveis, ampliando a vida útil de dispositivos e reduzindo a dependência de matérias-primas.

Outra frente de transformação é o uso de inteligência artificial (IA). Sistemas automatizados assumem etapas da logística reversa, como triagem e desmontagem, acelerando processos e reduzindo exposição a metais tóxicos. A IA também aumenta a rastreabilidade de ponta a ponta, garantindo conformidade com normas ambientais.

Economia circular e modelos de negócio sustentáveis

Além da reciclagem, cresce a adoção de modelos baseados em longevidade, reparabilidade e “produto como serviço”, que incentivam o retorno e o reaproveitamento de equipamentos. Campanhas públicas de recolhimento de pilhas, baterias e dispositivos antigos ampliam a conscientização e facilitam o descarte seguro.

Reciclagem de baterias de lítio ganha protagonismo

Com o avanço dos veículos elétricos e de dispositivos portáteis, a reciclagem de baterias de lítio tornou-se estratégica. Recuperar lítio, cobalto e níquel é essencial para garantir uma cadeia de suprimentos sustentável e apoiar a transição energética global.

Centros de dados verdes: eficiência e energia limpa

O mercado global de centros de dados verdes ultrapassou a marca de US$ 48 bilhões em 2025 e deve alcançar US$ 155 bilhões até 2030, com crescimento anual estimado em 26,4%. A busca por eficiência energética e neutralidade de carbono é o principal motor dessa expansão.

Eficiência energética e indicadores de desempenho

Um dos principais indicadores do setor é o Power Usage Effectiveness (PUE). Instalações de ponta operam próximas a 1,1, como o data center do Google na Finlândia, que utiliza água do mar para resfriamento.

Centros de dados verdes adotam múltiplas estratégias, incluindo energia renovável, resfriamento líquido, design modular, processadores eficientes e monitoramento em tempo real com IA.

Economia circular aplicada ao ambiente digital

A circularidade também se reflete na operação dos data centers. Modelos sustentáveis incluem manutenção preventiva, ciclo de vida estendido para equipamentos e descarte responsável, reduzindo a geração de e-waste. Parcerias com recicladores certificados completam esse ecossistema.

Casos práticos e integração com o ambiente urbano

Exemplos de inovação incluem o reaproveitamento de calor residual para aquecimento urbano, como ocorre em Helsinque, e o uso de água da chuva em sistemas agrícolas instalados em telhados de data centers, aproximando tecnologia e sustentabilidade.

Gigantes da tecnologia impulsionam o setor

Empresas como Google, Amazon e Microsoft lideram a transição com operações abastecidas por energia 100% renovável, padrões ambientais próprios e investimentos em eficiência energética. Governos, inclusive no Brasil, também ampliam programas que incentivam centros de dados verdes, reduzindo emissões e custos operacionais.

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