Zahyra Mattar
São Martinho
Mais um filho de Vargem do Cedro, em São Martinho, poderá ser beatificado e dividir os altares catarinenses com a já beata Albertina Berkenbrock e Santa Paulina. Padre Aloísio Boeing faleceu em 2006, em Jaraguá do Sul, último lugar em que atuou.
O local onde está enterrado, no jardim ao lado da igreja Nossa Senhora do Rosário, tornou-se um espaço de romaria. “Não existe milagre confirmado atribuído a padre Aloísio, mas muitas pessoas afirmam ter sido curadas após pedir a graça para o sacerdote”, explica padre Silvino Hoepers, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, a mesma de padre Aloísio.
Este foi um dos motivos para que o processo de beatificação fosse requerido pela congregação e pela Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, fundada pelo próprio padre Aloísio, em 1974. Agora, caberá ao Vaticano investigar tudo e dar o aval. Não existe um prazo para isso. Pode levar meses ou anos.
Padre Aloísio nasceu no dia 24 de dezembro de 1913, em Vargem do Cedro. Não foi o único da família a seguir o caminho da religiosidade. Dois irmãos também se tornaram sacerdotes e uma irmã foi ordenada freira.
Ele começou no seminário em 1932, em Corupá, no norte catarinense. Passou por Brusque, onde fez o noviciado, e depois Taubaté, em São Paulo, onde foi ordenado, no dia 1º de dezembro de 1940. Depois disso padre Aloísio atuou em Varginha (MG), Pomerode e Jaraguá do Sul, onde faleceu em 17 de abril de 2006.
Desde este dia, até hoje, no dia 17 de cada mês, a igreja celebra a Missa da Misericórdia, sempre às 15 horas, como forma de homenageá-lo.
Padre Aloísio Boeing, em 1974, quando fundou a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, em Jaraguá do Sul. Filho da pequena Vargem do Cedro, em São Martinho, muitas pessoas atribuem ao sacerdote, falecido em 2006, vários milagres de cura. O Vaticano investigará cada caso para então validar o pedido de beatificação e, posteriormente, o de santificação
