Pescaria Brava
Há pouco mais de três meses e aproximadamente 120 quilômetros de sua cidade, uma mãe, Liliane Martins Eliseu e sua filha, Cíntia Eliseu Ouriques, de 17 anos, de Pescaria Brava, enfrentam com coragem um grande desafio dentro do Hospital Infantil, em Florianópolis: o tratamento de uma severa escoliose. A escoliose é o encurvamento anormal da coluna vertebral, que provoca dor lombar e nas costas. No caso de Cíntia, a curva é severa e é necessário uma cirurgia para não correr riscos de os ossos comprimirem os órgãos, com o crescimento do corpo.
No início deste ano, o Notisul trouxe com exclusividade a história da jovem, que foi diagnosticada com a síndrome de Landau-Kleffner, quando tinha um ano e nove meses. A condição é uma forma rara de epilepsia infantil que resulta em sérios transtornos de linguagem e afeta crianças previamente normais, e sua maior característica é a grande ou súbita diminuição da habilidade de entender e usar a linguagem falada.
“Há três meses a Cíntia passou pelo procedimento, em Florianópolis. Graças a Deus correu tudo bem. Os médicos estão surpresos com a recuperação da minha filha. Eles davam 1% de vida para ela, mas sempre tive 99% de fé. As pessoas precisam ter fé, força e entregar nas mãos de Deus. Ele faz o melhor, é poderoso e maravilhoso”, enfatiza Liliane.
Há cerca de dois anos, após um banho, Liliane notou que um dos ombros da filha estava torto e passados uns dias levou a menina ao médico. Nos exames feitos em hospital, o raio-X apontou a presença de escoliose de grau avançado. Dias depois, a mãe entrou com pedido na fila do Sistema único de Saúde (SUS) para a realização da cirurgia, porém, após dois anos é que a família descobriu que o nome da jovem não estava na fila para realizar o procedimento e resolveu fazer uma campanha para que a jovem pudesse fazer a cirurgia. Eram necessários R$106 mil, no entanto, foram arrecadados R$87 mil, porém a cirurgia foi gratuita.
Liliane conta que o acompanhamento médico será por dois anos e a cada dois meses, a menina passa por uma avaliação médica na capital do Estado. “O dinheiro arrecadado na campanha nós doamos uma parte e o montante que não foi doado, estamos cuidando da ‘cabecinha’ dela. Além da escoliose de grau avançado ela tem retardo mental. Fiquei muito emocionada e por um filho fizemos tudo”, assegura.
Conforme a mãe, a filha iniciará em breve fisioterapia. “Para os pulsos, que possuem alguns problemas. Ela também voltará a frequentar a Apae, no entanto, quero que se recupere ainda mais, para não ter risco de nada e principalmente de quedas. Uma palavra que resume esse período que vivo é obrigada! Somente tenho a agradecer aos médicos e à equipe pela cirurgia perfeita, pelos cuidados com a minha filha, e a tantas pessoas que rezaram. Não tenho dúvida que Deus fez um milagre na nossa vida”, finaliza.
