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Tubarão registra mais de 640 casos de violência contra a mulher em 2025; data internacional reforça alerta

Tubarão registra uma mulher vítima de violência a cada três horas em 2025
FOTO Freepik Reprodução Notisul

Tempo de leitura: 3 min

No ano de 2025, Tubarão enfrenta números alarmantes de violência contra a mulher. De janeiro a novembro, a Polícia Civil confirmou aproximadamente 644 mulheres vítimas de violência no município — o equivalente a uma mulher sofrendo algum tipo de agressão a cada três horas. As ocorrências mais recorrentes são violência doméstica, ameaças, lesão corporal e injúria, refletindo um cenário que preocupa autoridades e reforça a necessidade de políticas públicas contínuas na região.

Santa Catarina também registra índices elevados

O cenário estadual segue a mesma tendência. Nos primeiros nove meses de 2025, Santa Catarina registrou 54.144 casos de violência contra a mulher, incluindo 33 feminicídios e 343 estupros. As cidades com maior número de ocorrências foram Florianópolis, Joinville e Blumenau.

A faixa etária mais atingida é a de adolescentes de 16 anos, e um dado ainda mais crítico chama a atenção: a maioria dos feminicídios ocorreu sem qualquer boletim de ocorrência prévio, indicando que muitas vítimas ainda têm dificuldade ou medo de buscar ajuda a tempo.

Brasil: uma denúncia por violência contra a mulher a cada 3 minutos

Os números nacionais seguem igualmente preocupantes. Dados do Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado revelam que, apenas nos primeiros sete meses de 2025, o Brasil registrou cerca de 86 mil denúncias — média de 17 por hora.

No mesmo período:

  • 718 feminicídios foram contabilizados no país;

  • cerca de 34 mil estupros foram registrados;

  • São Paulo lidera o ranking de denúncias.

Os indicadores reforçam que a violência contra a mulher continua sendo uma grave violação de direitos humanos e um desafio de saúde pública no Brasil.

25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

Comemorado anualmente em 25 de novembro, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher nasceu para denunciar as diversas formas de violência — física, psicológica, sexual, moral e patrimonial — e cobrar políticas de proteção e prevenção. A data homenageia as irmãs Mirabal, assassinadas em 1960 na República Dominicana, e foi oficializada pela ONU em 1999.

A OMS estima que 1 em cada 3 mulheres no mundo será vítima de violência ao longo da vida, independente de classe social, raça ou escolaridade.

16 dias de ativismo

Entre 25 de novembro e 10 de dezembro, mais de 180 países aderem à campanha internacional de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, adotando ações educativas, mobilizações sociais e símbolos como o uso de faixas e adereços pretos em escolas e organizações.

Leis, proteção e novos desafios

No Brasil, a Lei Maria da Penha (11.340/2006) segue como uma das principais ferramentas de proteção às vítimas, prevendo:

  • medidas protetivas;

  • afastamento do agressor;

  • acompanhamento policial e judicial.

Além da violência física, novas modalidades também têm ganhado destaque, como o assédio digital, perseguição online e crimes virtuais de gênero, ampliando o campo de atuação das campanhas atuais, como a UNA-SE.

Onde buscar ajuda

Mulheres em situação de violência podem procurar:

  • 190 – Emergência Polícia Militar

  • 180 – Central de Atendimento à Mulher

  • Delegacia da Mulher de Tubarão

  • CREAS e CRAS do município

  • Aplicativo Proteja Brasil

  • Delegacia Digital

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