Em 1º de maio de 2024, o Rio Grande do Sul vivia o início de uma das maiores catástrofes climáticas de sua história. Exatamente um ano depois, o estado já saiu do caos absoluto, mas a recuperação segue em ritmo lento. A tragédia das cheias afetou quase todos os municípios gaúchos, matou 184 pessoas e deixou milhares sem casa. Apesar da mobilização emergencial dos governos e da solidariedade nacional, a reconstrução da infraestrutura e das moradias segue como um desafio para o poder público.
Enchentes afetaram quase todos os municípios
As chuvas históricas inundaram 478 das 497 cidades do RS, afetando cerca de 2,4 milhões de pessoas. O número oficial de mortos chegou a 184, com 806 feridos e 25 desaparecidos até hoje. Mais de 190 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas.
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81,2 mil pessoas chegaram a viver em abrigos temporários
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2,4 milhões de moradores impactados diretamente
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Tragédia considerada a pior enchente da história do estado
Estado recebeu apoio, mas infraestrutura ainda sofre
Durante o auge da tragédia, forças de resgate e voluntários se uniram numa grande operação de socorro. O governo federal investiu mais de R$ 111 bilhões, enquanto o estado aplicou R$ 8,3 bilhões. Ainda assim, a recuperação da infraestrutura avança devagar.
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13,7 mil km de estradas foram atingidos
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94% dos trechos danificados foram liberados
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Obras em pontes e barreiras de contenção ainda não começaram
Moradias seguem como grande impasse
Milhares de famílias ainda vivem em abrigos improvisados ou aguardam casas novas. Apesar de programas como o Compra Assistida e as moradias provisórias, o governo federal estima uma demanda de até 22 mil residências.
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Famílias vivem há um ano em situação provisória
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Construções definitivas ainda não começaram em diversas regiões
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População cobra soluções mais rápidas para não reviver o trauma
Reconstrução esbarra em burocracia e falta de obras
Mesmo com o fim do estado de calamidade, a sensação nas cidades gaúchas ainda é de incerteza. O atraso em projetos estruturais e obras preventivas para novas enchentes preocupa moradores e especialistas, já que eventos extremos devem se repetir com mais frequência no futuro.
