Karen Novochadlo
Tubarão
Professores da rede estadual e dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Santa Catarina (Sinte) deverão fazer uma manifestação hoje, durante a visita do governador em exercício Eduardo Moreira (PMDB). Ontem, a ação concentrou-se em visitar as escolas da região e conseguir mais adesão à greve. Armazém, Braço do Norte e Orleans estão sem aulas.
No Vale, a coordenação organizou uma assembleia em Braço do Norte para mobilizar os professores e contabilizar o número de grevistas. Das 61 escolas, de 15 municípios (Orleans e os municípios de abrangência das regionais de Braço do Norte e Tubarão) 34% estão fechadas, 48% estão em greve parcial, 18% estão com aulas normais.
Os dados são do Sinte. Pelos cálculos da gerência regional de educação em Braço do Norte, dos 503 professores, 301 estão em greve. A gerência de educação em Tubarão não havia terminado de levantar os dados até o término desta edição. Na quinta-feira, 250 dos 1,2 mil profissionais estavam parados. Algumas das escolas da região não permitiram a entrada dos grevistas na instituição.
“Não viemos atrapalhar as aulas, e sim conversar com os professores na hora do intervalo”, revela um dos manifestantes, o professor Júlio César Silveira. O movimento conquistou novas adesões durante as incursões. A greve reivindica o pagamento do piso salarial nacional, dentre outras solicitações.
Segunda-feira, as coordenações do Sinte e a da secretaria de educação do estado farão uma reunião para rever as reivindicações.