Indústria brasileira cresce 1,2% em março e interrompe queda

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A indústria brasileira voltou a crescer de forma mais expressiva em março de 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor registrou alta de 1,2% em relação a fevereiro, encerrando um ciclo de cinco meses seguidos de perdas ou estagnação. O resultado representa a maior expansão desde junho de 2024, quando a indústria cresceu 4,3%, e mostra uma recuperação importante no desempenho da produção nacional.

Esse crescimento também é o maior para o mês de março desde 2018, ano em que a produção industrial subiu 1,4%. Em relação a março de 2024, o avanço foi de 3,1%, marcando a décima alta consecutiva nessa comparação. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor também cresceu 3,1%, reforçando uma tendência positiva mesmo diante das oscilações recentes da economia.

O gerente da pesquisa, André Macedo, explicou que o avanço de março reflete uma espécie de compensação após meses de menor dinamismo no setor. Entre outubro e dezembro de 2024, por exemplo, a indústria acumulou queda de 1%. Segundo ele, o crescimento foi disseminado entre os segmentos e mostrou recuperação em setores importantes da economia nacional.

Entre as quatro grandes categorias econômicas analisadas pelo IBGE, três apresentaram desempenho positivo. Os bens de consumo duráveis lideraram com crescimento de 3,8%, seguidos pelos bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) e pelos bens intermediários (0,3%). A única retração foi registrada nos bens de capital, com queda de 0,7%.

Na comparação entre fevereiro e março, 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apresentaram crescimento. Os destaques ficaram por conta dos seguintes setores: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (alta de 13,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4%), indústrias extrativas (2,8%) e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%). O índice de difusão, que mede o percentual de produtos que tiveram aumento na produção, chegou a 59,7%.

Outro indicador relevante, a média móvel trimestral, também registrou desempenho positivo em março, com alta de 0,4%. Segundo o IBGE, esse foi o primeiro resultado positivo desde outubro e interrompe uma trajetória de queda iniciada em novembro de 2024, indicando uma possível reversão na tendência do setor industrial.