Bailarina que nasceu sem braços realiza sonho e se apresenta no Festival de Dança de Joinville

“Sempre foi meu sonho e estou muito feliz que consegui realizar”, diz a bailarina Vitória Bueno, que nasceu sem os dois braços e participou pela primeira vez do Festival de Dança de Joinville neste ano. Ela, de apenas 18 anos, se apresentou três vezes nos palcos abertos, além também de palestrar para o público nesta semana.

Com a academia de dança Ândrea Falsarella, de Santa Rica do Sapucaí (MG), Vitória desembarcou na maior cidade de Santa Catarina no último domingo (24), e a primeira coisa que fez foi prestigiar a noite de gala. “Chegamos em cima da hora, deixamos as malas no hotel correndo e fomos assistir. Quase perdemos, mas deu tudo certo. Foi lindo”, recorda.

No dia seguinte, foi a vez de subir no palco e se apresentar pela primeira vez na Feira da Sapatilha. Já nesta terça-feira (26), o público pode acompanhar a jovem no palco aberto montado na praça Nereu Ramos, no Centro da cidade. Além disso, também participou do Dança: Histórias Incentivadoras (DHIX).

Vitória Bueno enquanto palestrava no DHIX. Foto: Festival de Dança de Joinville/Divulgação

O momento tem como principal objetivo compartilhar ideias e inspirar pessoas através de histórias de vida e experiências. E Vitória estava lá para poder inspirar quem estava na plateia com sua história e de ser inspirada também. “Pude conhecer outras histórias também e foi uma troca muito gostosa”, descreve.

Ainda mais inspirada com tudo o que já tinha vivido em apenas dois dias e uma noite, voltou ao palco da Feira da Sapatilha para a última apresentação nesta quarta-feira (27), já com o coração apertado por ter que voltar para casa. “Fiquei encantada com a noite de gala, com as competições, com a cidade, com tudo. Estava lá nem querendo vir mais embora”, diz.

 

Rotina e futuro

Praticante de balé, jazz e sapateado, Vitória tem uma rotina intensa. Após sair da escola às 17h, se desloca direto para as aulas de dança, que acabam por volta das 21h. Isso acontece de segunda a quinta-feira. Porém, para apresentações solos, como as que aconteceram no festival em Joinville, as aulas acontecem às sextas-feiras. “É uma rotina bastante corrida, mas é aquela que a gente ama.”

 

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Fonte: O Município