Mário Motta denuncia falta de leitos de UTI no Grande Oeste e Foz do Rio Itajaí

FOTO Divulgação Notisul

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (18), o deputado estadual Mário Motta (PSD) usou a tribuna da Alesc para alertar sobre a crítica desigualdade na distribuição de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Santa Catarina. Com foco nas macrorregiões do Grande Oeste e Foz do Rio Itajaí, o parlamentar apresentou dados alarmantes sobre a insuficiência de leitos, especialmente pediátricos e neonatais, agravada pelo aumento de casos de SRAG no outono.

Disparidade na distribuição de leitos de UTI preocupa o parlamento

Motta destacou que, embora o estado tenha avançado com a criação de 264 novos leitos de UTI desde 2023, a distribuição ainda é desigual. Ele comparou os números estaduais com as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde:

  • Média estadual UTI adulto: 1,6 leito por 10 mil habitantes
  • Média estadual UTI pediátrico: 1,4 leito por 10 mil habitantes
  • Grande Oeste: apenas 1 leito adulto e 0,59 pediátrico por 10 mil habitantes
  • UTIs neonatais: média estadual de 3,4 por mil nascidos vivos, mas Grande Oeste tem 1,81 e Foz do Itajaí, 1,69

Esses índices estão abaixo do mínimo legal e distante do ideal recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (4 leitos por mil nascidos vivos).

Transferências de pacientes geram riscos e sofrimento

Devido à falta de leitos, 65 pacientes do Grande Oeste, metade deles recém-nascidos, precisaram ser transferidos para outras regiões nos últimos quatro meses. Segundo o deputado, os deslocamentos, muitas vezes aéreos, geram custos elevados, riscos à saúde e sofrimento às famílias que enfrentam a distância em momentos críticos.

Moção de Apelo ao Ministério da Saúde será protocolada

Como medida imediata, Motta anunciou que protocolará uma Moção de Apelo ao Ministério da Saúde, cobrando a análise do Plano de Ação Regional (PAR) das macrorregiões citadas, pendente desde 2023. O objetivo é viabilizar novos serviços na Rede de Urgência e Emergência, com foco na ampliação de leitos de UTI nas áreas mais carentes.

“A saúde pública não pode esperar. As famílias merecem acesso digno a leitos em suas regiões”, destacou Mário Motta, reforçando a necessidade de união entre os governos estadual e federal.