Temperaturas escaldantes no sul do Brasil

Nesta sexta-feira, em Laguna, praia lotada e temperatura em torno dos 36 graus. Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul
Nesta sexta-feira, em Laguna, praia lotada e temperatura em torno dos 36 graus. Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul

Laguna

O guarda-chuva nesta época do ano é um item indispensável para duas situações: seja para se proteger do sol, ou dos temporais que costumam pegar muita gente desprevenida. E o pior é que não dá para determinar, no hemisfério sul, ao certo quando estas precipitações atmosféricas como vendavais, granizo e tempestades costumam ocorrer. Então, o melhor mesmo é se prevenir. “A tendência da previsão do tempo é esta mesma. Consideramos um ambiente neutro com temperaturas abafadas e possibilidades de chuvas intensas em curtos, médios ou longos períodos”, informa o engenheiro agrônomo da Plantar Agronomia, Clair Teixeira de Souza.

Clair relata que a tendência desta estação, principalmente neste mês, é de uma insolação ainda maior. “A temperatura do litoral catarinense é a mesma, mas, nestes primeiros dias, o sul está um pouco mais quente que o norte, apesar de a brisa sempre amenizar. Já em relação às chuvas, a média de janeiro é em torno de 250 milímetros, mas nestes primeiros dez dias já choveu 60 milímetros”, compara Clair.

Neste ano, não há influência dos fenômenos El Niño e La Niña e, de acordo com os meteorologistas, a previsão segue dentro da normalidade. “Neste verão, já registramos a temperatura na casa dos 40 graus, mas a máxima durante estes 20 dias da estação está em torno dos 35 a 36 graus”, finaliza.

Já no leste dos Estados Unidos, o tempo é congelante…

Enquanto o calor não dá uma trégua no Brasil, nos países do hemisfério norte a temperatura está abaixo do zero. Literalmente um ambiente de congelar, como em alguns lugares da costa leste dos Estados Unidos, que já registraram temperatura de menos 30 graus com sensação térmica de 50 negativo. “Nunca enfrentei isso no Brasil. É difícil respirar, e também é quase impossível deixar alguma parte da pele à mostra. Tem que usar tudo para se proteger: touca, luvas… Algumas vezes, tapo até a boca e deixo somente os olhos de fora”, relata a jornalista Laura Peruchi Mezari, que morava em Tubarão.

Ela está em Nova Iorque desde o último dia 3 e não tem previsão para voltar. Ao chegar ao país, teve que desviar a rota para Miami devido à quantidade de neve acumulada nos aeroportos. “É o extremo. Saí do Brasil no auge do verão, acredito que no dia que fui para o aeroporto estava mais de 30 graus. Quando chegamos em Nova Iorque pegamos um frio de menos 16. Em princípio, fiquei até com medo de ficar doente, porque foi uma mudança brusca”, lembra.
Enquanto conversa com este repórter via Facebook, Laura confirmava a temperatura de momento na tarde desta sexta-feira na maior cidade norte-americana: zero grau. “Nada como um chocolate quente e um bom aquecedor para enfrentar este frio!”.


Em Nova Iorque, Laura Peruchi brinca com a neve. Foto: Divulgação/Notisul