Wagner da Silva
Santa Rosa de Lima
Vários contratempos atrapalharam o cronograma de ações na obra de revitalização da igreja de Santa Catarina, em Santa Rosa de Lima. O serviço era para ser concluído em novembro do ano passado. Agora, conforme os novos prazos, a meta é finalizar os trabalhos na parte externa até maio e, no mesmo mês, iniciar o serviço dentro da igrejinha centenária.
Os recursos para a revitalização do prédio e do entorno são da Fundação Inter-Americana (IAF). Recentemente, um grupo represente do órgão internacional vistoriou as obras. “Os atrasos ocorreram em função da liberação dos recursos e por conta do tempo. Choveu muito e não havia como trabalhar”, lamenta o coordenador dos trabalhos, o engenheiro Gilmar Schmitz.
Com a conclusão do telhado, o coordenador afirma que os próximos passos serão mais rápidos. As equipes de trabalho aguardam a liberação dos recursos para continuar as obras.
Avaliação
Durante dois dias os representante da Fundação Inter-Americana (IAF) na América do Sul, Jeremy Coon e Eduardo Baptista acompanharam a evolução da obra de revitalização da igreja de Santa Clara, em Santa Rosa de Lima, cujos trabalhos são patrocinados pelo órgão internacional.
Jeremy explica que a IAF apóia projetos desenvolvidos por entidades sem fins lucrativos, ou empresas e governos que tenham interesse a melhorar a qualidade de vida das pessoas de baixa renda e sua participação social.
No Brasil, há 36 projetos desenvolvidos com apoio financeiro da IAF, na maioria são atividades voltadas a agricultura familiar, turismo comunitário e sistema de economia solidária. Apenas o de Santa Rosa de Lima trata-se de uma revitalização arquitetônica.
“Avaliamos o contexto social, financeiro e arquitetônico e este projeto possui características diferentes. Nosso objetivo é agregar valor às famílias rurais e o conjunto de ações desenvolvidas aqui é fantástico”, declara.
E ao que tudo indica isto já começa a ocorrer. Um exemplo é o agricultor João Kulkamp. Com a revitalização da igrejinha centenária, a expectativa é que mais turistas procurem a região. Por conta disse, João saiu na frente e trata de reformar sua propriedade também. “Não adianta ter a igrejinha bonita e a gente não fazer a nossa parte”, considera o agricultor.