sexta-feira, 8 agosto , 2025

A hiena Hardy de todos nós – parte 1

Fim de ano chegando… já se ouve o barulho dos pratos das refeições em família, o alvoroço das crianças correndo para todos os lados e o reencontro com aqueles distantes pela geografia (às vezes, nem tão longe assim… a distância pode ser mesmo no coração… enfim….). O fato é que observamos uma mudança de “atmosfera”, algo no ar, sendo absorvida aos poucos por todos nós. Acrescente a isso as férias chegando (ou mesmo apenas alguns dias de folga) e temos alguns elementos que criam uma certa “tensão” no ar, frente à expectativa de mais um fim de ano.

É interessante observar os “ingredientes” que compõe este momento: os reencontros familiares, as refeições fartas, o relaxamento das obrigações cotidianas, o arrumar as malas e viajar e…. claro, as promessas! E quantas são, não é? Tão comuns quanto à música de fim de ano da Globo (…hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem vier…). Mas por que elas nos atraem tanto? 

Independentemente da condição real vivida por nós, sempre nos anima o fato de uma mudança de data ser um marco para mudanças (quantas dietas mesmo começarão toda segunda-feira? E porque não no domingo?). Dentre todas, a virada de ano traz consigo este “clima” gerado pela mídia e pela cultura de celebrar o novo. Obviamente, nosso inconsciente capta isso e sentimos mesmo algo diferente em nossas emoções. E o que fazemos? Promessas….

Imagino que poucos façam esta análise, mas quantos podem olhar para trás e perceber o que se tornou concreto ou ficou no campo das ideias? O que fazemos quando olhamos para dentro de nós e constatamos que ainda falta?

O ano de 2020 será um ano político, e já até nos preparamos para elas: as promessas. Talvez daí venha, somado àquelas ouvidas de amigos, conhecidos e afins, o sentimento de descrédito, daquele – sei… – ao ouvir este tipo de discurso. O motivo, claro, é a distância entre o que se fala e o que se cumpre. Porém, como cristãos, muitas vezes tratamos as promessas de homens e as promessas de Deus como iguais, desconfiando de todas. 

Na realidade, não podemos agir assim. Por mais que o conteúdo de ambas pode ser idêntico às vezes, há uma enorme diferença entre a origem de cada uma. Se não nos atentarmos a isso, deixamos de viver livres e esperançosos, confiantes na graça e soberania divinas, e passamos a andar taciturnos e rabugentos, reclamando de tudo como a hiena Hardy, famoso desenho de Hanna-Barbara dos anos 60 (eu lembro desse… é, a idade chega! Oh, céus, oh vida…)

Vejamos um exemplo bíblico de alguém que resistiu às intempéries de uma geração corrompida e perseverou nas Palavras de nosso Deus. Acompanhe:

“Então os filhos de Judá chegaram a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes a palavra que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades Barnéia, por causa de mim e de ti”, Js 14.6

Veja bem: este diálogo aconteceu 45 anos após Deus ter dado a promessa. Na época, a primeira geração de israelitas falhou em crer na promessa dada pelo Senhor a respeito da conquista da terra de Canaã, e somente Josué e Calebe permaneceram fiéis. Por isso, como recompensa, Deus entrega uma porção de terra a Calebe. É isto sobre isso a menção à promessa que ele faz.

A isso chama-se fé. Ele nunca duvidou… e olha que o ambiente não era dos mais agradáveis. Calebe viveu, após o fracasso daquela primeira geração, 45 anos no deserto com eles. Imagine a situação: você está lá, no meio do povo, cheio de fé. Vê com seus olhos a verdade do que Deus havia dito: a terra é boa…mana leite e mel… chega de escravidão! Adeus tijolos egípcios… é somente crer e lutar, assumir a responsabilidade de conquista e trabalhar… finalmente! 

Mas….

Você olha para o lado, e tudo o que vê são olhares de descrédito e zombaria. A maioria esmagadora não crê e prefere voltar à escravidão… suas palavras de ânimos são abafadas pela murmuração… e, estupefato, vê seu plano de vida sendo adiado por um tempo… aliás, um longo tempo.

Como você reagiria a isso? Espalharia acusações por todos os lados? Ficaria de braços cruzados, bravo com Deus? Fugiria? Afinal de contas, você crê mas, pelo atitude da maioria, é levado de volta ao deserto… logo agora que estava tão perto…

Mas não aquele homem. O que ele fez de diferente, criando o caminho para uma vida plena? Como deixar de lado o fracasso? Falaremos sobre isso na próxima semana. Até lá, aproveite para refletir sobre sua vida, e o quanto deixou de viver a gratidão, de experimentar a saciedade na alma por causa de situações externas. 

Elas continuam lá, isso é fato, mas a mudança precisa acontecer primeiro no nosso interior.

Até a próxima semana!

Continue lendo

Redragagem do Rio Tubarão entra como prioridade na LDO 2026 de Santa Catarina

FOTO Arquivo Notisul Uma importante vitória para a prevenção de enchentes no Sul catarinense foi confirmada: a redragagem do Rio Tubarão foi incluída como prioridade...

APAE de Cocal do Sul promove inclusão e saúde no Agosto Laranja

FOTO Ana Paula Nesi Divulgação Notisul Neste sábado (9), a APAE de Cocal do Sul marca presença na Praça Coberta durante o Sábado Especial, evento...

Abadeus celebra 65 anos com homenagem na Câmara de Criciúma

FOTOS Divulgação Notisul Na noite da quinta-feira (7), a Câmara de Vereadores de Criciúma realizou uma Sessão Especial para homenagear os 65 anos da Abadeus...

Polícia Civil identifica autor de roubo a posto de combustíveis em Criciúma

FOTO PCSC Divulgação Notisul A Delegacia de Repressão a Roubos (DRR/DIC Criciúma) concluiu a investigação e identificou o homem responsável por um assalto a um...

ViaCosteira celebra cinco anos de concessão com mais de R$ 1,3 bilhão investidos na BR-101 Sul

FOTOS CCR ViaCosteira Divulgação Notisul Na última quinta-feira, dia 7, a ViaCosteira, empresa do grupo Motiva, completou cinco anos desde a assinatura do contrato de...

Entrevista – Gabrielle Brüggemann Schadrack, advogada tributarista

“Os efeitos do tarifaço são especialmente severos para a economia catarinense”O chamado “Tarifaço”, imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros exportados para os EUA...

Beba Local: Muito mais que uma cerveja perto da sua casa

Talvez você já tenha topado com essa frase por aí, seja numa postagem de rede social, numa conversa de bar ou até estampada em...

Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos no Rio

O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro, morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de...
×

Olá!

Clique no contato abaixo para conversar conosco.

× Converse no Whatsapp