Abolicionismo no Brasil

A escravidão é fruto da colonização do Brasil. Foi no processo de exploração dos colonos, e no interesse de Portugal em adquirir riquezas, que muitos africanos foram capturados como animais e comercializados como mercadorias. No Brasil, este processo durou praticamente 300 anos, até que por pressão da Inglaterra, o governo de Portugal abrigou-se a criar leis que dessem liberdade aos negros. O governo regencial declara suspenso o tráfico de escravos ilegal no território brasileiro e a entrada de escravos africanos permanece em grande escala, e muitos liberais declaram-se contrários ao tráfico e à escravidão, mas o regime escravista é visto como necessário à economia, pois foi durante a regência que começou a expansão da cultura cafeeira, aumentando assim a necessidade de mão-de-obra.

Em março de 1845, esgotou-se o prazo do tratado assinado entre o Brasil e Grã-Bretanha, onde o parlamento britânico aprova a Bill Aberdeem o direito de perseguir os navios negreiros mesmo em águas brasileiras, navios chamados de tumbeiros, que eram fiscalizados em qualquer parte do mar se estavam transportando escravos. Os navios ingleses perseguiam as embarcações suspeitas, a Marinha Britânica invadia águas territoriais ameaçando bloquear os portos, mas os navios antes de serem abordados eles jogavam a carga humana toda no oceano.

Em 1850, o governo de Dom Pedro 2º acaba com o tráfico de escravos com a lei Euzébio de Queirós, onde aos poucos os imigrantes assalariados passam a substituir os escravos no mercado de trabalho, principalmente nas fazendas de café que estavam em expansão. Em 1871, surge a primeira lei abolicionista chamada Lei do Ventre Livre, que foi promulgada em 28 de setembro de 1871 pelo gabinete do Visconde do Rio Branco do partido conservador, mas o partido liberal comprometeu-se publicamente com a causa. Em 1885, o governo cede mais um pouco a pressão da opinião pública, aumentada pela decisão do Ceará de decretar o fim da escravidão em seu território em 1884, e é promulgada em 1885 a Lei Saraiva-Cotegipe, mais conhecida como a Lei dos Sexagenários. Esta lei liberta os escravos com mais de 60 anos, tendo pouca aplicação prática, já que raros escravos atingiam esta idade.

Em 1888, em 13 de maio, a Princesa Isabel, filha de Dom Pedro 2º, assina a Lei Áurea, acabando com a escravidão no Brasil, embora a escravidão começa a declinar em 1850 com o fim do tráfico. É a partir de 1865-1870, depois da guerra do Paraguai, que este movimento abolicionista ganha impulso. Este 13 de maio é visto como conquista popular, e também da doação da liberdade e ao abandonar o regime escravista e os proprietários de escravos o império perde sua última base de sustentação política. Já se passou muito tempo desde a abolição da escravatura em 1888. Nossa pátria foi o último país a fazer a abolição. No dia 13 de maio, as autoridades comemoram a Lei Áurea, mas os cidadãos nada têm a comemorar, pois a escravidão foi abolida, mas os negros foram condenados a se tornar favelados por que nada receberam dos seus senhores ou do império.

Um exemplo claro de que no Brasil os senhores ainda são quem controla e têm poder absoluto, deputados e senadores aumentam seus salários, não os nossos. Isto tudo por quê? Porque ainda somos escravos, o estado gasta milhões para receber o papa Bento 16, enquanto as doenças como a: dengue, Aids e malária ainda continuam a fazer vítimas no nosso país. Então, vivemos ou não vivemos no tempo do império? Só não vamos chamar de senhores de engenho, senão eles ficam ofendidos.