Abuso deixa marcas profundas: psicanalista revela caminhos para a cura

FOTOS Divulgação Notisul

No Abril da Saúde, o psicanalista Fábio de Araujo alerta sobre os impactos físicos e emocionais do abuso sexual e explica como a psicanálise e a psicotraumatologia podem ajudar vítimas a se reerguerem. Com atendimento em Sete Lagoas (MG) e online para todo o Brasil, ele compartilha sua própria trajetória de superação e destaca a importância de pedir ajuda para começar a cura.

Traumas afetam corpo e mente: o que dizem os estudos

Os números são alarmantes: segundo a OMS, uma em cada cinco meninas e um em cada sete meninos no mundo são vítimas de abuso sexual. Desses, 49% desenvolvem transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), conforme dados do The Recovery Village. Um estudo da revista científica PLOS ONE indica que 33% dos sobreviventes desenvolvem depressão e 35% sofrem de ansiedade generalizada.

  • Danos no cérebro: O abuso pode afetar o hipocampo, área ligada à memória e ao aprendizado.
  • Sintomas físicos e emocionais: Incluem bruxismo, espasmos musculares e doenças dermatológicas.
  • Abordagem terapêutica: O método de Fábio une escuta ativa, acolhimento e reconstrução da identidade ferida.

Superação pessoal inspira atuação profissional

Vítima de abuso aos sete anos, Fábio de Araujo encontrou na psicanálise o caminho da própria cura e decidiu ajudar outras vítimas a também se libertarem das amarras do trauma. Seu livro Vencendo o Abuso Sexual, em fase final de produção, narra sua jornada e propõe caminhos reais para a cura.

Hoje, 98% de seus pacientes procuram atendimento por traumas. Fábio reforça: “A culpa nunca é da vítima. Nosso papel é mostrar que há saída”. Um dos casos mais marcantes foi o de Joana (nome fictício), abusada pelo pai dos 2 aos 11 anos. Com acompanhamento terapêutico e psiquiátrico, ela reconstruiu sua autoestima e dignidade.

Psicanálise e psicotraumatologia: união poderosa no tratamento

Fábio defende a combinação entre psicanálise e psicotraumatologia como abordagem eficaz para traumas. A primeira mergulha no inconsciente e busca as origens da dor. A segunda atua diretamente sobre o trauma vivido. Juntas, promovem uma cura mais completa e duradoura.

  • Terapia profunda: Vai além do alívio dos sintomas e investiga a raiz da dor.
  • Resultados comprovados: Estudos mostram melhoria na qualidade de vida e relações interpessoais.
  • Formação especializada: Fábio tem pós em Intervenção ABA, além de licenciaturas em Pedagogia e História.

Prevenção: a responsabilidade de toda a sociedade

Para Fábio, a prevenção começa na infância, com educação e diálogo. “Precisamos ensinar às crianças que seus corpos são territórios protegidos. E qualquer toque inadequado deve ser denunciado”, alerta.

Ele reforça que o silêncio é cúmplice da dor, e a atenção das famílias, escolas e comunidades é vital. “Negligência é crime. Atenção é proteção.”

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